Premier League admite maior tempo de análise de VAR na temporada; entenda

A Premier League revelou que os atrasos nas decisões do árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês) cresceram mais de 50% na última temporada. A falta de agilidade na decisão será um dos principais tópicos da reunião geral anual da liga, marcada para quinta-feira (6) em Harrogate, Inglaterra. O encontro também discutirá a proposta do Wolverhampton para abolir o VAR, além de outras questões controversas.

Dados apresentados pelo diretor de futebol da competição, Tony Scholes, indicam que o tempo médio de uma revisão do VAR foi de 64 segundos na temporada 2023/24, um salto em comparação aos 40 segundos à anterior.

Scholes explicou que os oficiais estão levando mais tempo para garantir a precisão das decisões, especialmente após o incidente em que um gol legítimo do Liverpool não foi concedido durante a derrota por 2 X 1 contra o Tottenham em setembro passado.

Proposta sobre o VAR na Premier League

O Wolverhampton, em uma proposta de seis páginas distribuída aos clubes antes da reunião, argumenta que o uso do VAR tem levado ao desengajamento dos torcedores, prejudicando a experiência dos jogos.

O clube alega que o VAR, em sua forma atual, não é compatível com a natureza subjetiva das regras do futebol, o que compromete a reputação da Premier League como a melhor liga do mundo.

Em resposta, Scholes destacou que a introdução planejada da tecnologia de impedimento semiautomático deve reduzir os atrasos na próxima temporada. Além disso, a Premier League pretende aposentar a expressão “claro e óbvio” como critério para intervenções do VAR, substituindo-a por “decisão do árbitro”. Este novo termo pretende reforçar a primazia das decisões de campo, que só devem ser revertidas se estiverem “claramente erradas”.

Outra questão relevante a ser discutida é a reforma das regras de lucro e sustentabilidade da liga. A proposta de “ancoragem”, que limita os gastos com jogadores em relação aos ganhos do clube mais fraco da divisão, foi aprovada em princípio em abril.

No entanto, enfrentou resistência da Associação de Futebolistas Profissionais (PFA), que teme um teto salarial de fato. Em resposta, a Premier League decidiu testar essas medidas na próxima temporada, antes de submetê-las a uma votação final no próximo ano.

A liga se prepara para uma batalha legal com o Manchester City, que desafia desde as regras de patrocínio até os métodos de tomada de decisão da competição. O tribunal independente que ouvirá o caso está programado para durar duas semanas.