Milly Lacombe chamou a atenção para a atitude da CBF de colocar a camisa 24 “para jogo” na Copa América. A entidade máxima do futebol brasileiro já chegou a evitar a camisa, que no Brasil tem conotação polêmica, já que é a numeração do “veado” no Jogo do Bicho, o que gera comentários homofóbicos.
Para Milly Lacombe, a CBF acertou em ignorar a polêmica, destacando a imaturidade daqueles que não aceitam uma simples numeração de camisa. A jornalista ainda destacou que a lógica sobre a camisa 24 é “infantil, cretina e abobalhada”.
“CBF acerta e coloca a temida camisa 24 para jogo (…) No futebol masculino a camisa 24 é radioativa; ninguém quer porque nossos supermaduros atletas acreditam que ela sugere que quem a veste é homossexual. Uma lógica infantil, cretina e abobalhada, claro. Mas é assim que é. A maior parte dos elencos profissionais masculinos nem tem a numeração”, escreveu Milly Lacombe em sua coluna do UOL Esporte.
Milly Lacombe elogiou jogador que vai usar o número 24
A comentarista destacou o volante Ederson, ex-Corinthians, Cruzeiro e Fortaleza, atualmente na Atalanta, que vai utilizar a numeração na Copa América.
Segundo ela, o novato deve jogar pouco na competição, mas aceitar o 24 mostra que é um “homem bem resolvido”.
“O guerreiro que vai vesti-la é Ederson. O meio campista, não o goleiro. Ederson, jogador da Atalanta e novato na seleção, talvez jogue pouco ou nem jogue a Copa e certamente por isso a temerosa numeração ficou com ele”, apontou Milly Lacombe, que seguiu:
“Mas, ainda assim, ponto para o atleta que a aceitou, indicando ser um homem bem resolvido com sua heterossexualidade.”
A seleção brasileira estreia na Copa América no dia 24 de junho, contra a Costa Rica, em Los Angeles, na Califórnia.