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Fábio Santos em entrevista ao podcast (Reprodução/Youtube)
Um dos ídolos recentes do Corinthians, o lateral-esquerdo Fábio Santos, que venceu Libertadores, Mundial e Brasileirão pelo Timão, também construiu uma história no SPFC.
No rival do Morumbi, Fábio Santos iniciou sua carreira, em 2003. Pelo Tricolor, também venceu Libertadores e Mundial, mas na reserva do lateral Júnior, pentacampeão com a seleção brasileira.
Atualmente como comentarista da ESPN, o ex-lateral esteve no “Charla Podcast”, onde relembrou momentos da sua carreira, como o seu início no São Paulo.
Salário no SPFC
Durante o papo, Fábio Santos foi perguntado sobre o famoso “bicho” do Juvenal, ex-presidente do Tricolor paulista. O ex-jogador, então, disse que essa ajuda extra era muito boa, principalmente para os jovens que não ganhavam bem.
“Era sensacional (os bichos do Juvenal), tá doido. Eu tenho uma história de bicho sensacional, que é com o Júnior. O Júnior em 2005, na Libertadores, ele era titular e na final contra o Athletico-PR se pagava um bicho alto. E a gente não era igual hoje essa molecada que já sobe ganhando muito, a gente ganhava muito pouco para subir no profissional. E já como profissional, se vinha da base, não ganhava um salário absurdo”, iniciou.
Na sequência, Fábio Santos revelou quanto era o seu salário no clube.
“Quando eu subi para o profissional, ganhava R$ 1.500. E assim que eu estreio, meu salário vai para R$ 6.000. E era meio que tabelado assim, com todos os jogadores da base. Você estreou no profissional, seu salário vai para R$ 6.000. Aí, dependendo do rendimento, você vai aumentando. Se você faz um contrato de 5 anos, aí no primeiro ano R$ 6.000, no outro R$ 8.000, depois 10, 12… era tudo tabelado o negócio, a não ser que você era muito diferente, como o Kaká, por exemplo. Então, em 2005 eu devia estar ganhando uns R$ 10.000, R$ 12.000 e o bicho era uns 80, 100 mil”, disse.
Júnior ajudou Fábio Santos a ganhar o bicho da final
Por fim, Fábio Santos relembra que na final da Libertadores de 2005, onde o bicho era mais alto, ele combinou com o Júnior, que era o lateral titular, para ele sair e os dois ganharem o bicho.
“Eu já tinha ficado no banco no primeiro jogo (final da Libertadores), ia pegar metade. E no segundo jogo, a gente tinha combinado. O Renan já tinha combinado com o Josué, o Edcarlos já tinha combinado com o Fabão, o Souza e o Tardelli tinham combinado com o Amoroso e Luizão… e eu já tinha combinado com o Júnior de entrar. Então, quem pedir para sair primeiro, vai ganhar o dinheiro”.
“Só que com 30 minutos, tava 3 a 0, meio que já tava definido e a gente começa a ficar agoniado lá atrás no banco. Eu olhava o Juninho, nada dele me olhar. Eu falo: ‘não é possível que ele vai fazer isso comigo, não da para brincar com uma coisa séria dessa’. Aí, entra o Tardelli, entra o Souza e a hora que eu olho, o Júnior pede substituição. A hora que o Autuori pensou em me chamar, eu já tava do lado dele. Aí eu entrei na final, peguei esse bichinho que ajudou bastante”, finalizou.
Veja o que disse Fábio Santos na íntegra:
