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Bruna Alexandre, mesatenista paralímpica, é convocada para os Jogos Olímpicos de Paris 2024

Brasileira é a primeira atleta mulher do País a ser chamada para a disputa tanto das Olimpíadas quanto das Paralimpíadas

Por Carlos Lemes Jr em 05/06/2024 08:35 - Atualizado há 8 meses

Bruna Alexandre nos Jogos Pan-Americanos 2023 (Reprodução/Instagram Bruna Alexandre)

A mesatenista catarinense Bruna Alexandre  de 29 anos, tornou-se na última terça-feira, 4 de junho, a primeira atleta brasileira apta a defender o Brasil nos Jogos Paralímpicos e Olímpicos no mesmo ciclo.

“Estou muito feliz por esta oportunidade de representar todos os brasileiros com deficiência nos Jogos Olímpicos e mostrar que posso jogar de igual para igual com qualquer atleta. Tenho o sonho de ser campeã paralímpica e jogar contra atletas sem deficiência me fortalece em busca deste objetivo”, disse Bruna Alexandre, que aos seis meses de vida, teve o braço direito amputado por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada.

No último dia 5 de abril, a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) anunciou que a atleta havia assegurado sua vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que ocorrerão de 28 de agosto a 8 de setembro, por meio de sua colocação no ranking mundial – hoje, ela ocupa o 3º lugar na classe 10 (para andantes).

Já nesta terça-feira (4), a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa divulgou a convocação oficial da catarinense para os Jogos Olímpicos da capital francesa, marcados para o período de 26 de julho a 11 de agosto.

Campeã nas duplas mistas no Mundial Paralímpico de Granada, Espanha, em 2022, e dona de quatro medalhas em Jogos Paralímpicos – dois bronzes por equipes (Rio 2016 e Tóquio 2020), além de um bronze (Rio 2016) e uma prata (Tóquio 2020) individuais, Bruna Alexandre vai disputar sua primeira edição de Jogos Olímpicos. No entanto, jogar tênis de mesa convencional não é uma novidade para a catarinense.

Na modalidade desde os 7 anos de idade, a mesatenista também acumula conquistas em competições com atletas sem deficiência. Bicampeã nacional, a atleta também foi vice-campeã, por equipes, no Pan-Americano específico de tênis de mesa, em Havana, Cuba, no ano passado.

Brasileira não é a primeira atleta paralímpica a “dividir” Jogos Olímpicos

Antes da mesatenista, o timoneiro Nilton da Silva Alonço, conhecido como Gauchinho, disputou Olimpíadas e Paralimpíadas, mas fez o caminho inverso ao da catarinense. Falecido em 2023, o atleta participou das edições olímpicas de Montreal 1976, Los Angeles 1984 e Seul 1988. Depois, em Pequim 2008, compôs o barco quatro com timoneiro da delegação paralímpica brasileira. Gauchinho morreu em 2023. 

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