Depois de uma queda considerável durante a pandemia do Covid-19, os valores envolvidos em vendas de jogadores aumentaram em todo mundo. Na última temporada foi registrado um total de US$ 9,6 bilhões (cerca de R$ 49 bilhões), 48% a mais do que foi registrado em 2022, conforme dados da Fifa.
A entrada em peso dos investimentos da Arábia Saudita e Catar impactaram consideravelmente neste crescimento, lembrando o que aconteceu anos atrás quando tivemos diversos atletas aceitando propostas do futebol japonês, chinês e mais recente da MLS.
Um fato interessante, conforme está detalhado no estudo da empresa Sports Value, é que o Brasil foi o 9ª país do mundo que mais arrecadou com vendas de jogadores, sendo o líder da América Latina neste quesito, com um total de 315 milhões de dólares de receita (R$ 1.5 bilhão).
Veja mais detalhes sobre o mercado de transferências em 2023
Jogadores brasileiros seguem em alta no futebol mundial
Um fato interessante que é possível ver neste estudo é que os atletas nascidos no Brasil seguem movimentando altas cifras no mercado da bola.
Em um primeiro momento isso pode parecer confuso, já que clubes europeus optam por buscar jogadores cada vez mais jovens, antes mesmo de completar 18 anos, no futebol brasileiro. Mas isso é explicado quando percebemos a valorização e as movimentações que acontecem principalmente entre clubes do futebol europeu.
Em 2023 o destaque ficou para a negociação envolvendo PSG e Al-Hilal, que rendeu quase R$ 490 milhões aos cofres franceses.
Estratégia correta dos times do Brasil?
Com raras exceções, a maioria dos jogadores que deixam o futebol brasileiro demoram a conseguir espaço em times europeus, muitas vezes sendo emprestados ou até treinando nas categorias inferiores, como aconteceu por exemplo como Vinicius Júnior e Rodrygo durante o começo da passagem de ambos no Real Madrid.
Além disso, a maior parte das negociações acaba acontecendo com equipes médias / pequenas na Europa, que acabam servindo de porta de entrada para os atletas. Por conta disso, diversos clubes optam por vender jovens promessas, mas mantendo um percentual dos direitos federativos pensando em uma transferência futura ou inserindo cláusulas relativas a lucro em uma revenda.
E essa aposta já rendeu lucros consideráveis para alguns times. Um exemplo envolve Antony, ex-São Paulo. O jogador foi vendido pelo time paulista por R$ 95,3 milhões ao Ajax. Posteriormente, quando o clube holandês acertou sua transferência para o Manchester United, o SPFC faturou R$ 96,3 milhões por conta da cláusula de mais-valia.