Torcedores de Grêmio e Internacional questionam Abel Ferreira, do Palmeiras: “Hipocrisia”
Internautas repercutiram reclamações de técnico do Alviverde sobre Arena Barueri, lembrando que a dupla Gre-Nal não pode jogar no RS
Logo após a derrota por 2 a 0 do Palmeiras para o Athletico-PR pelo Brasileirão Série A ontem (12), Abel Ferreira, mais uma vez, se manifestou contra a realização do jogo da equipe como mandante na Arena Barueri. O técnico novamente demonstrou sua insatisfação por não poder atuar no estádio do Verdão, cedido para um show na semana passada.
“O problema não é Barueri. Como é possível não jogarmos no Allianz Parque? E se não jogaremos no Allianz Parque, não me cobrem para ser campeão. Não me cobrem”, reclamou Abel Ferreira, em entrevista coletiva.
Diante dos protestos do treinador português, os torcedores de Internacional e Grêmio compararam a situação do Palmeiras com a vivida atualmente pelos clubes do Rio Grande do Sul, na plataforma X.
Em virtude das enchentes que atingem o estado, Beira-Rio e Arena estão impraticáveis, por conta da lama que invadiu os dois gramados.
“Aí tu vê a hipocrisia… O time dele não pode jogar em Barueri com torcida e tudo de boa no estado, mas os times do Sul podem jogar sem torcida, do outro lado do país com seu estado debaixo d’água”, comentou a conta Rehash.
Outros torcedores protestaram no antigo Twitter. “Mas o trio do RS pode treinar e jogar fora de casa, com o mental destroçado, né?”, ironizou Thais Maschio.
Ao mesmo tempo, Weslley Santos viu incoerência na posição de Abel Ferreira. “Quer dizer… se o Palmeiras jogando em Barueri perde energia, competitividade, o que dizer de Inter, Grêmio e Juventude jogando em outros ESTADOS enquanto o RS colapsa?”, observou.
“Mas dupla Gre-Nal pode jogar fora do seu estado… Queria muito saber o que Abel Ferreira pensa sobre a hipótese de paralisar o campeonato”, se manifestou o perfil Fute RS.
Abel Ferreira: “Minha opinião é a do Palmeiras”
Sobre o pedido de interrupção do Brasileirão Série A, Abel Ferreira declarou ontem (12): “Minha opinião é a opinião do clube [Palmeiras é contra]. Mais do que isso, estou muito solidário com o que o acontece no Rio Grande do Sul, mas não é minha função. Se alguém precisar de ajuda, falem com a Conmebol. Pelo menos eles tomam decisões, não passam a responsabilidade a ninguém”, disse o técnico.
Neste domingo (12), o diretor palmeirense Anderson Barros manifestou a posição de seguir com o Campeonato Brasileiro.
“Pensarmos no futebol como um todo, fica muito claro para nós que somente o trabalho fará com que a gente supere essa situação. Não tem como. Somente com trabalho. Por isso que entendemos que não deve parar o Brasileiro. Devemos continuar, encontrar soluções”, disse o dirigente.
A CBF realizará a reunião do Conselho Técnico Extraordinário no próximo dia 27 de maio, para definir sobre a paralisação ou não do Brasileirão Série A. Em ofício enviado pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Grêmio, Internacional e Juventude solicitaram a interrupção de três rodadas completas do Campeonato Brasileiro.