Narrador deixa três filhos e um legado na história do jornalismo esportivo brasileiro
O narrador Silvio Luiz, de 89 anos, faleceu neste início de quinta-feira (16) aos 89 anos. A morte foi divulgada pelo ex-companheiro de transmissões na Record, Marvio Lúcio, o “Carioca”.
O jornalismo esportivo brasileir estão em luto pois, além do narrador, Washington Rodrigues e Antero Greco também partiram nas últimas horas.
Na mensagem oficial, Carioca agradece pelo tempo que trabalhou com Silvio e postou a última foto que a dupla tirou: “Descanse em paz meu idolo, amigo, “pai”, companheiro de trabalho. Muito obrigado Senhor por ter colocado o @silvioluizbarbas na minha vida… Inacreditávelmente era um menino que o amava pela TV, virei amigo e colega de trabalho”, disse o humorista.
Everaldo Marques, narrador do Grupo Globo, horas antes publicou um texto sobre a morte de Antero Greco, com o qual trabalhou junto na ESPN, também comentou sobre a morte de um dos maiores narradores da história da mídia esportiva brasileira: “Com sua linguagem única marcou de maneira sem igual as transmissões esportivas na TV. Costumo dizer que ele, Galvão Bueno e Luciano do Valle formam e sempre formarão a Santíssima Trindade da narração esportiva na TV”, disse Evê.
O jeito Silvio Luiz de narrar que marcou a história das transmissões esportivas
Conhecido pelos bordões “pelo amor dos meus filhinhos”, “olho no lance”, “pelas barbas do profeta” e tantos outros, Silvio Luiz fez a narração esportiva viver grandes momentos por meio de sua voz. Ele, que iniciou sua carreira em 1952 na Rádio São Paulo, e em 1953, na TV Record, passou por RedeTV, TV Tupi, Band, TV Excelsior e TV Globo, fez até papel de ator em duas novelas, se despediu da mídia fazendo o que mais amava: narrando.
Durante a final do Paulistão entre Palmeiras e Santos, o narrador teve um derrame e precisou sair da transmissão digital do portal R7. Após ser prontamente atendido, Silvio teve que ser hospitalizado em duas ocasiões.
Legado inesquecível
Silvio Luiz está entre os maiores narradores da história da mídia esportiva brasileira. Referência, não só pelo jeito de narrar, mas por trazer a emoção do esporte de uma maneira diferente ao público. E, mesmo sem precisar gritar, de fato, gol, mas sim com o famoso “Ééééé”, ele ldeixa um legado na história das transmissões esportistas no Brasil.
“Obrigado pela sua companhia, audiência, sintonia e mais que isso, pela sua grande amizade. O importante que é a nossa emoção sobreviva” – Silvio Luiz.