Romário aponta técnico diferenciado do futebol: “Ele induzia”
Ex-jogador tinha relação próxima e era admirado pelo comandante com o qual conquistou título espanhol na década de 1990
Romário durante entrevista ao podcast "Barbacast" (Reprodução - YouTube)
A série “Romário, o Cara” teve mais dois capítulos divulgados nesta quinta-feira (30), pela plataforma Max. No material produzido, a produção narra momentos importantes do Baixinho com a camisa do Barcelona e a pontua sobre a sintonia entre o brasileiro e o técnico Johan Cruyff.
Ao falar sobre o antigo comandante, Romário disse nas entrelinhas que o holandês era “esperto” ao negociar situações de folga e regalia com jogadores em troca de protagonismo e gols. O próprio Baixinho conseguira dispensas maiores mediante à promessas de bolas na rede.
“Fora eu, todos os estrangeiros eram europeus. Então, eu era quem morava mais longe. Na folga de dois, três dias, pra mim era ruim, porque perdia quase um dia só de viagem. O Cruyff aproveitava disso e meio que induzia a gente fazer alguns acordos. Tipo, te dou mais dois dias se tu fizer um gol”, revelou Romário.
Ainda falando sobre Cruyff, o craque brasileiro destacou o quanto o treinador conseguia colocar sua filosofia de jogo e atuar de forma incisiva contra os adversários, sempre propondo ofensivamente.
“O time dele era objetivo, não tinha esse negócio de tocar bola para o lado. Como eu era o último homem do jogo, se eu não levasse a bola para frente, eu tinha que tocar para trás. E ele falou ‘cara, não precisa tocar para trás, se for pra fazer isso não toca na bola, faz a p… do gol. Coloquei isso na cabeça. Tudo que ele quer é o que eu quero fazer”, pontuou o ex-jogador.
Exaltado por Romário, Cruyff comandou o Barcelona de 1988 a 1996, tendo faturado quatro edições do Campeonato Espanhol, de forma consecutiva, e uma Champions League (1992).
Romário exalta Carlos Alberto Parreira
Em um dos episódios divulgados na última semana, Romário fez questão de enaltecer o trabalho de outro comandante técnico com quem trabalhou: Parreira. Na visão do tetracampeão, o profissional foi inteligente na função e conseguiu ter o grupo ao seu lado na caminhada pelo título na Copa do Mundo de 1994, se mostrando competente ao longo da trajetória no futebol.
