Renato Gaúcho elege técnicos protegidos pela imprensa no Brasil
Treinador do Grêmio vê cenário de maior paciência com profissionais, mas disse não ter problema com "febre de gringos"
Renato Gaúcho durante treino no Grêmio (Lucas Uebel - Divulgação - Grêmio)
O futebol brasileiro tem se notabilizado cada vez mais por ser um ambiente dominado por técnicos estrangeiros em um recorte recente. Somente no Brasileirão Série A, 10 dos 20 times participantes contam com gringos. Ao falar sobre esta “overdose” no país, Renato Gaúcho classificou que a imprensa se mostra mais paciente com profissionais que falam outra língua.
Entrevistado pelo programa Jogo Aberto, em material que foi ao ar nesta segunda-feira (27), Renato Gaúcho disse que há mercado para todos os profissionais, mas apontou a existência de um “trato” diferente da mídia.
“Eu não tenho nada contra, tem espaço pra todo mundo. Depende da competência do treinador, seja ele português, espanhol ou outra nacionalidade. Só acho que a mídia ela tem um pouco de paciência mais com o estrangeiro”, iniciou Renato Gaúcho.
“O treinador brasileiro com sete, oito jogos sem vencer tem que ser mandado embora. O estrangeiro vem aqui, não são todos, mas maioria, coloca uma multa alta, aí tem que ter paciência. Eu vejo o pessoal da imprensa tendo um pouquinho mais de paciência com os estrangeiros. Estamos pecando nisso. Porque não estamos tendo a mesma paciência com os nossos?”, questionou o técnico do Grêmio.
Com a chegada de Álvaro Pacheco no Vasco, o Brasileirão Série A passa a contar com dez profissionais estrangeiros. A lista é encabeçada por Abel Ferreira e Juan Pablo Vojvoda, que são os mais longevos, e ainda conta com Pedro Caixinha (RB Bragantino), Artur Jorge (Botafogo), António Oliveira (Corinthians), Petit (Cuiabá), Luis Zubeldía (São Paulo), Gabriel Milito (Atlético-MG) e Eduardo Coudet (Internacional).
Renato Gaúcho revela amizade com António Oliveira
Ainda no papo, Renato Gaúcho revelou ter uma proximidade com o português António Oliveira, que recentemente foi contratado pelo Corinthians. Segundo Portaluppi, os dois conversam com frequência, mas sobre assuntos distantes do futebol.
