O comentarista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, em sua coluna no UOL Esporte, destacou qual foi a cena “mais triste” da 5ª rodada do Brasileirão Série A. Ele escolheu a entrevista de Wagner Leonardo, do Vitória, que pediu espaço no intervalo de Vitória x São Paulo para criticar a arbitragem do futebol brasileiro.
Wagner foi expulso pelo árbitro Ramon Abatti Abel aos sete minutos do primeiro tempo e não aceitou o cartão vermelho, dado após suposta agressão a Calleri.
“A cena mais triste do final de semana não foi a gritaria de Marcos Braz e Bruno Spindel (dirigentes do Flamengo). Foi o zagueiro Wágner Leonardo, do Vitória, invadir a entrevista de Luciano, do São Paulo, no intervalo da partida do Barradão, para dizer que os jogadores trabalham e que não sabe o que está acontecendo no Brasil. Falava sobre o descrédito com a arbitragem”, escreveu PVC após a rodada do Brasileirão.
Para PVC, a solução para que a arbitragem melhore de nível no Brasil é que haja um caminho para a profissionalização.
“O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, declarou semana passada que não pode afirmar que a arbitragem está 100%. Não está mesmo”, apontou PVC, que seguiu.
“Precisa urgentemente de profissionalização de um grupo de árbitros e de respaldo, que a comissão nacional presidida por Wilson Seneme não oferece.”
PVC rechaça crise atual como a pior da arbitragem brasileira
Mesmo com os problemas atuais, porém, PVC disse que nada ainda é comparado ao que ocorreu em 2005, com a Máfia do Apito, quando 11 jogos do Brasileirão daquele ano foram remarcados por conta de manipulação por parte de Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon.
“A maior crise da arbitragem brasileira não é esta. Aconteceu em 2005, quando dois árbitros confessaram participar de tentativas de manipulação de resultados. Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, excluídos do futebol, nunca foram presos. Por mais de dez anos, os árbitros entravam em campo para partidas no Brasil recebidos aos gritos de “Edílson””, destacou o jornalista em sua coluna do UOL.
“O nome virou sinônimo de ladrão. Quase vinte anos depois, as sérias investigações do Ministério Público de Goiás denunciaram 17 jogadores e não há indício de nenhum árbitro envolvido (…) A maior crise foi o caso Edílson Pereira de Carvalho.”