PVC questiona Futebol Solidário no Maracanã: “Algo mudou”
Comentarista lembrou tragédia em Minas Gerais que teve ação semelhante, mas contou com muito mais pessoas presentes ao estádio
Paulo Vinícius Coelho, o PVC, destacou que o Maracanã “poderia receber mais gente” no Futebol Solidário do último domingo (26), em ação organizada pelo Rede Globo, CBF e Prefeitura do Rio que contou com a presença de vários ex-jogadores, como Ronaldinho Gaúcho e Cafu e personalidades da mídia e da música, como Ludmilla, Thiaguinho, Belo, Marco Luque entre outros.
PVC lembrou uma ação realizada no mesmo estádio em 1979, em apoio às enchentes de Minas Gerais naquele ano, quando 246 pessoas morreram. Naquela ocasião, o Maracanã recebeu 139 mil pessoas, contra 32 mil deste último domingo.
“O discurso de que o brasileiro é solidário, com base na bilheteria do Maracanã é impossível dizer. A comparação com as enchentes em Minas Gerais e os 139 mil espectadores no Maracanã há 45 anos escancara que algo mudou. Ou o tamanho da solidariedade ou a capacidade de promover o evento”, destacou PVC em sua coluna do UOL Esporte
O jornalista relembrou quando o Vale do São Francisco, em Minas Gerais, sofreu com fortes enchentes, entre janeiro e fevereiro de 1979. Na ocasião, 246 pessoas morreram por conta da cheia.
PVC lembrou confronto “pesado“ em 1979
Se a ideia deste ano foi dividir os personagens da partida em duas equipes usando as cores do Rio Grande do Sul, naquele ano de 1979 a partida foi um Flamengo x Atlético-MG, que contou ainda com a participação de Pelé. A escolha pelo duelo chamou a atenção de PVC.
“A diferença era Flamengo x Atlético, com Zico pelo Fla, Dario pelo Galo e Pelé vestindo a camisa rubro-negra, no Maracanã onde não jogava desde o fim de sua carreira, cinco anos antes”, apontou o jornalista.
“Times União x Esperança receberam 32 mil espectadores, o Maracanã tem 70 mil lugares, portanto menos de metade de suas cadeiras foram ocupadas. Ronaldinho Gaúcho não atuava no maior do mundo havia nove anos”, apontou o comentarista.
PVC ainda lembrou o público de outros jogos do domingo de futebol pelo país, destacando que o Futebol Solidário ficou atrás das partidas pela Copa do Nordeste, por exemplo.
“No domingo, houve 35 mil espectadores em Sport 1×4 Fortaleza, 43 mil em Bahia 0 X 0 CRB. Se for porque é competição, poderia se doar a renda total de uma rodada do Brasileirão. A impressão não é de falta de solidariedade do povo brasileiro, mas de que faltaram camisas de clubes populares, como Flamengo e Atlético”, opinou Paulo Vinícius Coelho.