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Morre Antero Greco aos 69 anos

Jornalista tratava de um tumor no cérebro desde junho de 2022; ele estava na ESPN desde 1995

Por Carlos Lemes Jr em 16/05/2024 09:17 - Atualizado há 7 meses

Antero Greco tratava um tumor no cérebro (Reprodução/Instagram)

Antero Greco faleceu na manhã desta quinta-feira, 16 de maio, aos 69 anos. O jornalista tratava de um tumor no cérebro, desde junho de 2022, e estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. O falecimento do profissional da mídia esportiva foi confirmado pela ESPN em sua conta no X.

“A TV brasileira perde um dos maiores. E a nós, da família ESPN, ficará a saudade e as grandes memórias proporcionadas por Antero. Nossos sentimentos aos familiares e amigos. Descanse em paz.”, escreveu o canal, na postagem na rede social.

Antero Greco estava nos atuais canais Disney, desde a sua fundação, em 1995, ainda com o nome de TVA Esportes, e posteriormente, ESPN Brasil. No canal ele foi comentarista de futebol internacional, principalmente, do Campeonato Italiano, uma de suas grandes paixões. Além disso, participou de programas como Futebol No Mundo e Bate-Bola. Mas foi na bancada do SportCenter, onde era titular, desde 2000, que esse paulistano e descendente de italianos do bairro do Bom Retiro, marcou uma geração ao lado de Paulo Soares, o “Amigão”.

Paulo Soares, no último fim de semana, foi autor de um texto publicado no Blog do Juca, do UOL Esporte, comentando sobre o estado de saúde de Antero, companheiro de bancada no jornalismo esportivo.

“Dorme um sono profundo, sereno. Não acorda e não fala mais. Se alimenta por sonda. Sinais vitais ainda respondem bem. Família presente, apenas Cris, que vive em Paris, ainda não está. Chega na terça (último dia 14). Hoje fui com Alex Tseng, João Simões e Roberto Salim, me despedir dele. Muito triste e dificil”, escreveu Paulo Soares, em um trecho do texto.  

A carreira de Antero Greco além da ESPN

A carreira de Antero Greco, no jornalismo, começou muito antes da TV. Ela começou ainda nos anos 70 no Estado de São Paulo, o Estadão. Na organização da família Mesquita foi repórter, chefe de reportagem, repórter especial, editor assistente, editor e colunista, cargo que ocupou até novembro de 2018. Lá, trabalhou com nomes como Fausto Silva, ainda repórter esportivo, à época. Greco também teve passagens pela Folha de S. Paulo, Band e correspondente do Corriere dello Sport, para o Brasil. No país europeu viu a chegada de jogadores como Falcão, Zico, Toninho Cerezo e Junior ao Calcio.

 “O contato era mais cordial, havia mais humanidade na relação entre imprensa e jogador”. “Não confundir com promiscuidade, isso eu condenava ontem, hoje e sempre. Nunca chamei jogador de ‘meu ídolo’, ‘meu capitão’, ‘meu querido’. A proximidade era uma via de mão dupla. A gente entendia melhor o que acontecia no clube, cobria os treinos no dia a dia, às vezes, literalmente, dentro de campo”, relembra do seus tempos de repórter em entrevista ao jornalista Raphael Vidigal, em maio de 2020, ao site Esquina Musical.

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