Com cada vez mais espaço na mídia, o futebol feminino vem mostrando um cenário de crescimento em relação as receitas movimentadas. Em 2023, conforme dados da Fifa, a categoria gerou um total de US$ 6,1 milhões (cerca de R$ 31,46 milhões) em transferências de atletas.
Esse fato ajuda a evidenciar a valorização da modalidade, principalmente ao comparar a evolução das cifras nos últimos anos. Em 2018, o valor com vendas de jogadoras foi de US$ 600 mil (R$ 3 milhões), aumentando para US$ 700 mil (R$ 3,6 milhões) em 2019.
No ano de 2020 o total chegou a US$ 1,2 milhão (R$ 6,19 milhões), seguindo o aumento em 2021 e 2022 para US$ 2 milhões (R$ 10,3 milhões) e US$ 3,3 milhões (R$ 17 milhões).
Caminho para valorização da modalidade
Apesar do alto crescimento nos últimos anos, é importante ressaltar que as cifras do mercado da bola no futebol feminino seguem em um patamar abaixo do que existe no futebol masculino.
Conforme aponta o estudo da empresa Sports Value, o total de quase R$ 32 milhões em 2023 representa 0,06% do total de vendas de atletas de futebol no mundo todo na última temporada.
Porém o aumento ano após ano mostra que a tendência é de que essas cifras aumentem de forma considerável nos próximos anos.
Em 2024, por exemplo, tivemos o recorde de maior transferência da categoria batido duas vezes. Racheal Kundananji, da Zâmbia, saiu do Madrid CFF para o Bay FC por 805 mil euros (R$ 4,3 milhões). Antes dela, tivemos a venda da colombiana Mayra Ramirez, que deixou o Levante para assinar com o Chelsea por 500 mil euros (R$ 2,6 milhões).
Já no Brasil, tivemos neste ano a venda de Tarciane do Corinthians, para o Houston Dash, na maior transferência de uma jogadora do futebol brasileiro, por R$ 2,59 milhões.
Somando apenas as três atletas, o valor total foi de R$ 9,49 milhões, 30% do total movimentado em 2023.