Apontado por muitos como as grandes equipes do futebol brasileiro, Flamengo e Palmeiras tem agora um candidato forte nesta temporada a frear o reinado de paulistas e cariocas. Ao menos é o que sinaliza o técnico Fábio Carille, convidado desta semana no podcast Benja Me Mucho, no YouTube.
Segundo ele, uma equipe tem chamado bastante a sua atenção é o Atlético-MG. Sob o comando de Gabriel Milito, sucessor de Felipão, completou nesta semana dez jogos no comando do Galo. Invicto, o argentino acumula sete vitórias e três empates.
Mais do que os resultados, a maneira agressiva e intensa do Atlético é vista por muitos como a mais agradável de assistir. Carille, que acompanhou as finais do Campeonato Mineiro está impressionado com o nível técnico.
Indagado por Benjamin Back se o Palmeiras poderia ser considerado o melhor time do Brasil, Carille negou e a resposta foi justificada. “Eu gosto muito do Atlético-MG, muito forte”, afirmou o treinador, que acrescenta.
“Hoje o Atlético joga melhor que o Palmeiras”, disse.
Com 100% de aproveitamento na Libertadores e dono da segunda melhor campanha no Brasileirão Série A, o Atlético parece ter engrenado nas mãos de Milito. Mesmo quando precisou preservar alguns titulares, como na partida com o Cuiabá, o Galo manteve o mesmo ritmo intenso e chegou ao resultado de 3 a 0.
Comentarista da TV Globo, Alexandre Lozetti não poupou elogios para definir as atuações do time mineiro.
“Uma delícia de ver o Atlético em abril de 2024. A coisa mais gostosa do futebol brasileiro neste momento. Não há previsões nesta mensagem. Pode não ganhar nada. Pode piorar. E pode melhorar também, porque há margem de evolução. Hoje, não há time que desperte melhores sensações”, destacou.
Citado por Carille, Atlético não se empolga com resultados e Milito mantém pés no chão
Apesar do excelente início de trabalho no comando do Atlético, Milito prega cautela e não quer empolgação. Segundo ele, o futebol muitas vezes é cruel.
“Quando ganha, tudo parece bom. O treinador parece o melhor, os jogadores parecem os melhores. Depois, quando perde, o treinador é o pior, os jogadores são os piores. É seguir competindo com humildade, tentar sustentar o que fazemos, melhorar. Com calma e tranquilidade”, disse o treinador.