Zagueiro que atuou pelo Tricolor recentemente se mostrou favorável ao campeonato nacional parar devido a desastre ambiental no sul do país
A continuação do Brasileirão Séria A em meio a catástrofe que está acontecendo no Rio Grande do Sul e caminha rapidamente para se tornar a maior tragédia da história do Brasil é um assunto absurdo para aqueles que estão lutando por suas vidas no sul do país, entretanto, está sendo discutido fortemente pelos que organizam a competição.
Enquanto jogadores do Grêmio e do Internacional são filmados salvando a vida de pessoas no meio da enchente ou ajudando em abrigos para os sobreviventes, clubes do centro do país ofereceram seus estádios para que os atletas possam treinar e continuar jogando.
Além dos presidentes dos clubes, Bruno Uvini, ex-Grêmio, também pediu a paralisação
A situação vem despertando a indignação dos presidentes de Grêmio e Internacional, além dos torcedores dos clubes. Nesta semana, o ex-jogador do Tricolor, Bruno Uvini, falou sobre a questão, chamando a atenção para gravidade do assunto, que não está sendo compreendida por aqueles que estão fora do Rio Grande do Sul:
“Não seria leal com eles. Todo mundo continuando e esse pessoal não tendo onde treinar, ajudando a salvar vidas. Do nada, eles têm que voltar e jogar muitos jogos seguidos. Não é justo e mostra pouco da nossa solidariedade como ser humano. Talvez não entendamos ainda o quão sério é. Se entendêssemos, seria paralisado”, falou ele, que ainda acrescentou:
“Fica minha opinião: deveria ser paralisado para ficar mais justo para eles depois. Ficamos na esperança de tudo melhorar. Eu, particularmente, pela família. Meus filhos e minha esposa ainda estão lá, tentando vir para cá. O aeroporto fechou. Mas é um povo muito batalhador e vai dar a volta por cima”, falou.
“Pela internet, é trágico, mas quando você tem alguém lá dentro, consegue ter uma dimensão mais real. É muito triste. Os colegas de ex-clube, que é o Grêmio, estão realmente muito abalados com tudo, porque estão participando como voluntários”, avisou ele, ainda deixando claro que não há como continuar a competição:
“Eu não vejo uma forma rápida desse pessoal se prontificar a jogar uma partida, que demanda tanto do psicológico”, falou.