País ficou em segundo no quadro de medalhas, só atrás da China em sua melhor campanha na competição
O Brasil encerrou o Mundial de atletismo paralímpico em Kobe, no Japão, com a sua maior campanha dourada na história da competição. Foram 19 pódios dourados, superando as 16 vitórias registradas na edição de Lyon 2013, que até então era o recorde do país.
Com isso, os brasileiros terminaram o Mundial no Japão na segunda posição do quadro geral de medalhas, com 42 pódios no total, sendo 19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes. A líder foi a China, com 33 ouros, 30 pratas e 24 bronzes.
Ao todo, foram 1.069 atletas de 102 países que competiram em provas de pista e campo no estádio Kobe Universiade Memorial Stadium. Pelo Brasil, foram 46 atletas e 10 atletas-guia que representaram o país na competição.
Mundial foi adiado por conta da pandemia
O Mundial no Japão aconteceu no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 após o Comitê Organizador Local (LOC, na sigla em inglês) solicitar ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) o adiamento do Mundial, que seria em 2021, devido à pandemia de coronavírus. Com isso, a cidade japonesa sediou o evento de atletismo no ano posterior ao Mundial de Paris 2023.
Confira todas as medalhas do Brasil em Kobe
Aline Rocha – T54
100m – 8º lugar
400m – 9º lugar
800m – 6º lugar
1.500m – 5º lugar
5.000m – 3º lugar (sem medalha)
Antônia Keyla – T20
400m – 5º lugar
1.500m – Prata
Ariosvaldo Fernandes (Parré) – T53
100m – Prata
400m – DSQ (desclassificado, em inglês)
André Rocha – F52
Lançamento de disco – Ouro
Aser Ramos – T36
100m – 7º lugar
Salto em distância – 4º lugar
Bartolomeu Chaves – T37
400m – Ouro
Beth Gomes – F53
Lançamento de disco – Ouro
Arremesso de peso – Prata
Lançamento de dardo – 6º lugar
Bruno Christian – T47
Salto em distância – 12º lugar
Claudiney Batista – F56
Lançamento de disco – Ouro
Cícero Nobre – F57
Lançamento de dardo – Ouro
Daniel Martins – T20
400m – 5º lugar
Débora Lima – T20
Salto em distância – Prata
Edenílson Floriani – F42
Lançamento de dardo – 6º lugar
Arremesso de peso – 4º lugar
Edson Cavalcante – T37
100m – 4º lugar
200m – 6º lugar
Eduardo Pereira – F34
Arremesso de peso – 9º lugar
Felipe Gomes – T11
100m – 7º lugar
400m – Bronze
Fernanda Yara – T47
200m – 5º lugar
400m – Ouro
Giovanna Boscolo – F32
Lançamento de club – Bronze
Arremesso de peso – 5º lugar
Izabela Campos – F11
Lançamento de disco – Bronze
Arremesso de peso – 6º lugar
Jerusa Geber – T11
100m – Ouro
200m – Bronze
João Victor – F37
Lançamento de disco – 5º lugar
Júlio César Agripino – T11
1.500m – Ouro
5.000m – Prata
Ketyla Teodoro – T12
200m – 7º lugar
400m – Bronze
Lorena Spoladore – T11
100m – Bronze
Salto em distância – Prata
Lorraine Aguiar – T12
100m – Prata
200m – Bronze
400m – Prata
Lucas Lima – T47
400m – 10º lugar
Maria Clara Augusto – T47
100m – 4º lugar
200m – 8º lugar
400m – 5º lugar
Mateus Evangelista – T37
Salto em distância – Bronze
Petrúcio Ferreira – T47
100m – Ouro
Raissa Machado – F56
Lançamento de dardo – Ouro
Rayane Soares – T13
100m – Prata
200m – Ouro
400m – Bronze
Ricardo Mendonça – T37
100m – Ouro
200m – DNS (não participou, em inglês)
Rodrigo Parreira – T36
Salto em distância – Bronze
Samuel Conceição – T20
400m – Ouro
Thalita Simplício – T11
200m – Prata
400m – Ouro
Thiago Paulino – F57
Arremesso de peso – Prata
Verônica Hipólito – T36
100m – Bronze
Vinícius Quintino – T72 (petra)
100m – Prata
Vinícius Rodrigues – T63
100m – 5º lugar
Wallison Fortes – T64
100m – 5º lugar
200m – Ouro
Wanna Brito – F32
Lançamento de club – Ouro
Arremesso de peso – Ouro
Washington Nascimento – T47
100m – 6º lugar
Yeltsin Jacques – T11
1.500m – DSQ (desclassificado, em inglês)
5.000m – Ouro
Zileide Cassiano – T20
Salto em distância – Ouro
Como funciona o atletismo paralímpico
O atletismo pode ser praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino.
Para os atletas com deficiência visual, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam de acordo com a classe. Sendo obrigatório para os atletas da classe T11 (acuidade visual menor que LogMAR 2.60), opcional para a classe T12 (acuidade visual de LogMAR1.50 até 2.60; e/ou campo visual menor que 10 graus de diâmetro) e não permitido para os competidores da classe T13 (acuidade visual de LogMAR 1.40 até 1; e/ ou campo visual menor que 40 graus de diâmetro).
Nas provas de fundo de 5.000m, de 10.000m e na maratona, os atletas das classes T11 e T12 podem ser auxiliados por até dois atletas-guia durante o percurso (a troca pode ser feita no decorrer da disputa). No caso de pódio, apenas o atleta-guia que terminar a prova recebe medalha.