Considerando que os técnicos nacionais precisam de reconhecimento, Vampeta citou o caso de Ramón Díaz para apoiar o discurso. Como o argentino bancou a permanência do Vasco na Série A, o ex-jogador acredita que, caso um brasileiro tivesse a mesma postura, o comportamento em se contentar apenas em evitar o rebaixamento seria detonado pela imprensa.
“O Ramón Díaz, treinador do Vasco, chegava assim e falava: ‘Nós não vamos cair’. Os caras da imprensa achavam aquilo o máximo. O Vasco, na última rodada, teve uma hora que estava caindo, mas sobrou pro Santos. Se é um treinador brasileiro, não volta pro ano seguinte para dirigir o time.”, disse Vampeta, no podcast Reis da Resenha, da Jovem Pan.
Na sequência, Vampeta ressaltou que a eliminação do Vasco no Carioca não fez o argentino correr risco de demissão. Em contrapartida, o resultado em questão, com um brasileiro à frente do time, foi apontado como motivo suficiente para demissão.
“Toda a imprensa falava que ele era confiante. Se a imprensa fala que ele é ruim, a torcida compra a briga e fala que ele é ruim […] O Vasco foi eliminado pelo Nova Iguaçu. Se é um treinador brasileiro, não fica para o Brasileiro.”, prosseguiu.
Vampeta defende técnicos nacionais
Mencionando o caso de Léo Condé, do Vitória, Vampeta indicou que os profissionais brasileiros não podem ser subestimados. Sem notar questionamentos sobre o trabalho de Abel Ferreira, no Palmeiras, e Diego Milito, no Atlético-MG, a situação foi reprovada com os técnicos nacionais.
“O Léo Condé bateu várias vezes na trave na Série B. O Piperno falou que a Série A é uma coisa nova para o Léo Condé, ele estava acostumado com a Série B. Eu disse: ‘O Abel era acostumado com o quê? O Milito sabe o quê?’.”, contou.