Colunista do jornal “Folha de S. Paulo“, Tostão fez um balanço do resultado final dos estaduais no último final de semana. No Paulistão e Carioca, Palmeiras e Flamengo confirmaram porque são os melhores times do futebol brasileiro na atualidade e ficaram com o título. O ex-atleta profissional considera também que ambos são comandados pelos principais técnicos do país.
“O Flamengo possui mais talento pela região central do campo, de uma área à outra, enquanto o Palmeiras alterna mais a maneira de jogar, de acordo com o momento e o adversário”, avalia o ex-jogador sobre o Rubro-Negro e o Verdão.
“Tite é mais contido, repetitivo, racional. Abel Ferreira é mais emocional. São os dois melhores técnicos que atuam no país. Unem conhecimento técnico, tático e humano”, afirma.
Destrinchando o Palmeiras, que nestes últimos anos tem dominado o futebol brasileiro com títulos e mais títulos, Tostão considera fundamental o aspecto administrativo do clube dirigido por Leila Pereira.
“Uma das qualidades do Palmeiras é a organização estrutural, formada por profissionais sérios e competentes. Não há politicagem no clube. Abel Ferreira, a comissão técnica e os atletas são partes importantes do sucesso, que se perpetua ao longo dos anos”, escreve o tricampeão do mundo.
Tostão opina sobre a demissão de Larcamón no Cruzeiro
Ídolo do Cruzeiro, Tostão não deve ter ficado muito contente com a virada inesperada do Atlético. Depois de sair perdendo, o Galo foi pra cima e buscou uma vitória por 3 a 1 sobre o rival celeste. No dia seguinte, a diretoria anunciou a saída do técnico Nicolás Larcamón.
“A demissão do treinador do Cruzeiro é compreensível, porém mais importante que trocar de técnico é contratar uns dois ótimos jogadores”, avisa.
Na visão dos torcedores e membros da mídia local, o argentino errou clamorosamente nas substituições.
“A troca feita pelo treinador do Cruzeiro, de tirar o meia ofensivo para colocar mais um zagueiro, com a finalidade de fortalecer a defesa, foi bastante criticada e levou à sua demissão. Já vi milhares de técnicos fazerem o mesmo. Quando dá certo é elogiado, quando dá errado, bastante criticado”, concluiu.