As acusações de John Textor, dono da SAF do Botafogo, na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, tiveram como base algumas informações erradas, segundo revelou Paulo Vinícius Coelho, o PVC, em sua coluna do UOL Esporte.
Uma delas foi sobre o árbitro Raphael Claus e a árbitra de vídeo Daiane Muniz. Na CPI, Textor revelou que os dois, juntos, estiveram escalados em 11 jogos do Brasileirão Série A recentemente, enquanto a segunda dupla teria sido escalada, no máximo, três vezes, havendo uma discrepância.
Entretanto, segundo PVC, a informação não procede, já que o “abismo” é bem menor.
“(Textor) erra na CPI ao divulgar que a segunda dupla só fez junta três partidas. Não procede. Bráulio da Silva Macado apitou junto com Rodrigo D’Alonso Ferreira sete vezes. A distância não é gigantesca como se fez saber equivocadamente”, revelou PVC sobre a acusação do dono da SAF do Botafogo.
PVC revelou outra informação errada de Textor
Outro jogo citado por Textor na CPI seria entre Palmeiras e Fortaleza, em 2022, mas o empresário citou que o árbitro da partida tinha “sotaque carioca”. Entretanto, um carioca só apitou a partida entre as duas equipes na Copa do Brasil de 2023.
“Há outras informações contraditórias em todos os depoimentos de John Textor até aqui. Uma delas, a mistura de fatos, como um árbitro com sotaque, um carioca em Palmeiras x Fortaleza, tudo isso ligado ao Brasileirão 2022, de acordo com os primeiros depoimentos”, iniciou PVC, que logo apontou a confusão na informação.
“O juiz da Federação do Estado do Rio a apitar Palmeiras x Fortaleza foi Wágner do Nascimento Magalhães, mas na Copa do Brasil de 2023. No Brasileiro de 2022, o árbitro foi Wilton Pereira Sampaio, de Goiás, e a partida aconteceu quando o título já estava decidido. À CPI, Textor disse que o Fortaleza foi beneficiado, não o Palmeiras. Anteriormente, disse o inverso.”
PVC sugeriu que todas as acusações de John Textor sejam levadas ao Ministério Público de Goiás, que tem trabalhado desde o ano passado contra manipulações no futebol.
“Para que não pareçam má fé, é necessário e urgente colocar as 180 páginas do relatório de Textor nas mãos dos promotores do Ministério Público de Goiás, que apurararam e confirmaram jogadores envolvidos com máfias de apostas.”