PVC analisa descrédito com o Brasileirão Série A: “Ninguém acredita em nada”
Paulo Vinicius Coelho faz ligação entre acusações de Textor e atitude de Renato Gaúcho no Brasileirão Série A
Paulo Vinicius Coelho, mais conhecido como PVC, não poupou o Brasileirão Série A de críticas em sua coluna no Uol, na manhã deste domingo (28). O epicentro para a dura análise do jornalista foram os recentes e inusitados acontecimentos dentro e fora de campo em torno da competição e do futebol brasileiro em geral.
PVC opinou sobre as acusações de John Textor aos bastidores do futebol brasileiro, colocando em cheque a crença do público em relação ao esporte no Brasil, visto que boa parte dos torcedores compram a narrativa do mandatário estadunidense, ao menos é o que indicam enquetes populares nas redes sociais.
“Quer dizer que duas em três pessoas nao acham que Textor não fala verdades. Mas uma em dez não põe a mão no fogo pela isenção dos campeonatos. Em suma, ninguém acredita em nada!“; destacou assim PVC.
Fazendo ligação então a um caso recente, o jornalista também falou sobre as atitudes de Renato Gaúcho em Salvador, que até mesmo tirou todo o seu banco de reservas de campo nos últimos minutos da derrota do Grêmio para o Bahia, no último sábado (27). As ações do treinador foram por discordar de decisões da arbitragem de Bráulio da Silva Machado, muito questionada, inclusive, por grande parte da mídia: “O discurso insano de Renato, em Salvador, reflete exatamente esse descrédito“.
Paulo Vinicius Coelho demonstra então incômodo com o descrédito que o Brasileirão Série A parece sofrer neste momento, não só pelos envolvidos em campo ou pela mídia, mas também pelos torcedores, que são quem mais deveria apreciá-lo: os torcedores.
“A crise de credibilidade se mistura com o descompromisso de quem responde em redes sociais, mas a enquete, despretensiosa, sinaliza que mudanças precisam acontecer“; alertou assim PVC.
John Textor é “o louco” do Brasileirão Série A?
O jornalista seguiu destacando que, apesar de o Campeonato Brasileiro merecer crédito em relação à sua honestidade, a CBF não é “justa” em tratar presidente do Botafogo como louco, enquanto situações que desvalorizam o espetáculo continuam ocorrendo dentro e fora de campo. PVC citou como exemplo a já abafada investigação feita pelo Ministério público de Goiás sobre o envolvimento de jogadores com casas de apostas.
“Noção disso é se tratar Textor como um louco, mas, por outro lado, quase não se falar da investigação profunda feita pelo Ministério Público de Goiás, essa sim pertimente e sem interesses particulares“; levantou assim PVC.
No entanto, o jornalista levanta também um questionamento em torno dos que defendem a tese de que há manipulações de resultados no Brasileirão Série A: por que os estádios continuam lotados, se não há crença na honestidade do futebol brasileiro?
“Mas há uma margem de crescimento gigantesca no futebol do Brasil, mesmo considerando a credibilidade baixa revelada pela enquete. Quem não acredita no esporte vai ao estádio por quê?; questionou PVC.