Milton Neves aponta ex-jogador do Palmeiras como “muito melhor que Cruyff”

Ídolo histórico do Verdão completa mais um ano de vida e recebe homenagem do apresentador em sua coluna

O apresentador Milton Neves utilizou sua coluna no UOL Esporte para comemorar o aniversário de 82 anos do ex-meia Ademir da Guia e para exaltar um dos maiores ídolos da história do Palmeiras.

Milton Neves chamou a atenção para o estilo de jogo do “Divino”, como era chamado Ademir da Guia, e para as alegrias que o então camisa 10 deu para os torcedores alviverdes.

“Quanta elegância, quanta classe, quantas jogadas fantásticas, quantos gols e quantas alegrias o Divino deu aos palmeirenses!”, escreveu Milton Neves, que logo depois fez uma comparação curiosa: para ele, Ademir da Guia foi melhor que Johan Cruyff, de quem o então meia foi contemporâneo – os dois disputaram a Copa do Mundo de 1974, por exemplo.

“Ademir foi, sim, MUITO melhor que Johan Cruyff! Pena que ele esqueceu de avisar ao mundo que era um gênio…”

Ademir da Guia é ídolo do Palmeiras

O ex-meia é filho de Domingos da Guia, zagueiro dos anos 1930 e 1940 que é ídolo de Corinthians, Flamengo e Bangu. E foi justamente no Bangu que Ademir começou no futebol, em 1959, ficando no clube até 1961. Em 1962 assinou com o Palmeiras e nunca mais deixou o clube, tendo feito parte das duas primeiras Academias do Verdão.

Ademir vestiu a camisa 10 do Palmeiras por mais de 15 anos e acumulou títulos e premiações. Pela equipe paulista, Ademir da Guia conquistou quatro títulos do Campeonato Paulista, em 1963 e 1966, com o time da Primeira Academia, e em 1974 e 1976, com a conhecida como Segunda Academia.

Em âmbito nacional, conquistou cinco títulos de Brasileirão – após o reconhecimento da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa como títulos desta natureza. Com o time da Primeira Academia foram dois títulos do Roberto Gomes Pedrosa, em 1967 e 1969, e uma Taça Brasil, em 1967. Com a Segunda Academia, Ademir da Guia conquistou o Campeonato Brasileiro de 1972 e 1973. Ele ainda levantou o Torneio Rio-São Paulo de 1965.

O Palmeiras, comandado por Ademir da Guia, é até hoje um dos poucos times que reconhecidamente conhecia bater de frente com o Santos que tinha Pelé como estrela.