O goleiro Cássio pode ir para a reserva do Corinthians, segundo informação publicada pelo Ge, após falhar mais uma vez e desabafar depois da derrota para o Argentinos Juniors. Eric Faria, jornalista do Grupo Globo, no Seleção Sportv, questionou a saída do ídolo do Timão da equipe.
Para ele, internamente a comissão técnica e a diretoria devem “pesar” se vale a pena a retirada do camisa 12 do time. Ele questionou se Carlos Miguel, reserva imediato, vai suprir a ausência de Cássio.
“Temo que pesar: o que ganha com o Cássio no banco e o que ganha com o menino (Carlos Miguel) entrando? Eu tiro uma pressão de cima do maior ídolo da história do clube, preservo ele um pouco, mas eu sacrifico a parte técnica. Ou essa parte técnica o Carlos vai conseguir suprir? Não é um dilema fácil”, apontou Eric Faria, que disse ainda que António Oliveira, técnico do Timão, não deveria tomar tal decisão sozinho.
“Eu acho, inclusive, que é um dilema que o técnico do Corinthians não deveria tomar uma decisão sozinho.”
O desabafo de Cássio
Após a derrota para o Argentinos Juniors, Cássio concedeu entrevista ao SBT e desabafou. Ele disse que sempre é o culpado pelas derrotas e revelou estar em tratamento psicológico e psiquiátrico.
“Não é questão de confiança, tomei o primeiro gol, uma bola defensável, fiz defesas como todo goleiro faz. Mas eu entendo. Quando comecei o ano, eu sabia que ia ser assim, a conta sempre sobrou para mim. Se eu tomar um gol de pênalti, é falha minha. Estou indo até em psicólogo, psiquiatra, porque tá f***. Difícil, tenho apanhado feito cachorro. Hoje, cometi uma falha. Mas às vezes é difícil, porque estou pagando a conta há um tempo. Meus números são bons. Pode colocar a culpa em mim, eu sou o mais velho, acaba sobrando para os mais velhos, mas eu sou um ser humano”, lamentou Cássio, que chorou na entrevista.
“Uma hora a conta vem, como em outras situações. Mas pode colocar a culpa em mim, como em outros jogos. O time não fazer gol também deve ser culpa minha. Desculpa o desabafo, sempre fiz de tudo pelo Corinthians. Se esse for meu ano de despedida, meu tempo acabar, sou muito grato, tudo que vivi aqui foi maravilhoso. Mas às vezes cansa, porque eu sou um ser humano. E se tem uma coisa que nunca faltou foi trabalho em dedicação.”