O comentarista Walter Casagrande recebeu nesta semana no podcast “Casão PodTudo”, o ex-técnico Muricy Ramalho. No papo com o multicampeão, ele abordou a trajetória de Adriano Imperador no futebol, e ambos destacaram o quanto o centroavante poderia ter alçado voos ainda mais altos pelo potencial apresentado.
Na visão do ex-jogador, Adriano acabou “desistindo” da carreira, mas tinha qualidade suficiente para brigar com os melhores no prêmio Bola de Ouro.
Ídolo na equipe da Inter de Milão, o atacante marcou época com os nerazzurri em sua segunda passagem pelo clube, anotando gols importantes em conquistas emblemáticas.
“O Adriano jogava demais. Um grande centroavante. Se não tivesse desistido de jogar bola, ia viver na Europa, ganhar Bola de Ouro e tudo mais”, avaliou Casagrande, sendo complementado por Muricy Ramalho.
Segundo o atual coordenador técnico do São Paulo, que foi comandante do Imperador no time do Morumbi, em 2008, o atacante evidenciava uma qualidade ímpar, e de um verdadeiro fenômeno com a bola nos pés.
No entanto, o ex-treinador foi enfático ao dizer que o atleta entrava em um “mundo paralelo” muitas vezes, após os jogos.
Ainda assim, Muricy Ramalho fez questão de frisar o bom relacionamento nutrido com Adriano no tempo em que passagem juntos.
No regresso ao Brasil, depois de se tornar ídolo na Itália, o centroavante ainda atuou pelo Flamengo, clube que o revelou para o futebol, Corinthians e Athletico Paranaense, antes de encerrar oficialmente a carreira em 2016, nos Estados Unidos.
Exaltado por Casagrande, Adriano foi protagonista na seleção
Vivenciando o seu auge no início dos anos 2000, o Imperador foi peça de suma importância na conquista da Copa América com a Amarelinha em 2004, anotando sete gols em seis jogos, com aparição de gala na decisão contra a Argentina, onde o escrete canarinho buscou uma virada improvável nos minutos finais.
Adriano ainda jogou a Copa do Mundo de 2006, com quatro jogos e dois anotados, não evitando a derrocada frente aos franceses nas quartas.