Brasil conquista oito medalhas em Grand Prix de judô paralímpico
País terminou na terceira colocação no quadro geral de medalhas da competição que terminou na última terça
O Brasil conquistou oito medalhas no fechamento do Grand Prix de judô paralímpico da Turquia. A competição terminou na última terça-feira, 2 de abril.
Foram duas de ouro, com Érika Zoaga (+70 kg J1, para atletas cegos) e Wilians Araújo (+90 kg J1); uma de prata, com Alana Maldonado (até 70 kg J2, para atletas com baixa visão); e duas de bronze, com Brenda Freitas (até 70 kg, J1) e Rebeca Silva (+70 kg, J2).
Com o resultado, o Brasil terminou o evento na terceira colocação geral, com oito pódios ao todo. Na última segunda-feira (1º de abril), a seleção brasileira conquistou premiações com as atletas Rosi Andrade (até 48 kg J1) e Elielton Oliveira (até 60 kg J1) já haviam sido prata e Thiego Marques (até 60 kg J2), conseguiu o bronze.
O País repetiu a colocação da primeira etapa do circuito da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês), em fevereiro, quando também foi o terceiro melhor em Heidelberg, na Alemanha. A próxima competição acontecerá em Tibilisi, na Geórgia, em maio. Todas valem pontos para o ranking que define os classificados para as Paralímpiadas de Paris 2024.
O ouro de Érika Zoaga de 35 anos, significou muito para a atleta sul-mato-grossense. Ela chegou à Turquia na sexta colocação do ranking para Paris, justamente a última posição em sua categoria dentro da zona classificatória. Como todos os torneios do último ano do ciclo paralímpico valem o dobro de pontos, ela deverá dar um importante salto no ranking e lutará menos pressionada na Geórgia, em maio. “Desafio e superação, é o que posso dizer desse resultado. Estou muito feliz e emocionada por saber que o sonho de chegar em Paris está cada vez mais perto. Sigo cada vez mais focada, porque ainda tenho um caminho a percorrer antes disso”, falou a atleta, que jamais disputou uma edição das Paralímpiadas.
País ficou atrás da China e Uzbequistão
A China foi a campeã do evento, com quatro medalhas douradas, duas de prata e duas de bronze, seguida pelo Uzbequistão, que somou três ouros e um bronze.
Como funciona o judô paralímpico
A modalidade é disputada por atletas com deficiência visual divididos em categorias de acordo com o peso corporal. Com até cinco minutos de duração, as lutas acontecem sob as mesmas regras utilizadas pela Federação Internacional de Judô, com pequenas modificações em relação ao judô convencional. A principal delas é que o atleta inicia a luta já em contato com o quimono do oponente. Além disso, o duelo é interrompido quando os lutadores perdem esse contato. Não há punições para quem sai da área de combate. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).