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Zé Roberto em ação pela seleção brasileira (Divulgação / Arquivo CBF)
Jogador disputou dois Mundiais com a seleção brasileira, mas não foi chamado por Felipão e não conquistou nenhum título
O ex-jogador Zé Roberto concedeu entrevista ao GE e abriu o jogo sobre sua frustração com Luiz Felipe Scolari, o Felipão, por ter ficado fora da Copa do Mundo de 2002. Com isso, o ex-volante não conquistou nenhum título mundial, tendo disputado apenas as Copas de 1998 e 2006.
Segundo o próprio Zé Roberto, em 2002 ele vivia o melhor momento de sua carreira, mas Felipão optou por outros jogadores na convocação final.
“Disputei duas Copas do Mundo e poderia ir para a terceira na minha melhor fase como jogador, em 2002. Jogando no Leverkusen, fiz minha melhor temporada. Fomos para a final da Champions, final da Copa da Alemanha e disputamos ponto a ponto na Bundesliga até o final contra o Bayern, que me contratou naquele ano”, lembrou Zé Roberto, que foi para a Copa do Mundo de 1998 com Zagallo e para a Copa de 2006 com Carlos Alberto Parreira.
“Não ter ido para a Copa de 2002 eu carrego como uma grande frustração na minha carreira. Eu entendi que na época o Felipão optou por levar mais jogadores que atuavam no Brasil e ele conhecia. Eu já estava há alguns anos na Europa e acabei sendo preterido.”
Zé Roberto “se salvou” na decepção da Copa de 2006
Como volante, em 2006, e não mais como lateral, como em 1998, Zé Roberto foi um dos poucos destaques da seleção brasileira na Copa do Mundo que deu esperança aos torcedores por ter um quadrado ofensivo formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano.
O volante foi um dos poucos que teve bom desempenho no Mundial da Alemanha e admitiu que “faltou foco” para a equipe.
“Quando fomos disputar a Copa das Confederações 2005, já me sentia garantido. Eu percebi que naquele último ano muitos jogadores tiraram o pé na temporada para não se machucar. E eu queria muito performar e chegar bem para fazer uma grande Copa”, disse Zé Roberto, que seguiu:
“Acho que faltou preparação e foco na parte física. Nem todos estavam 100% fisicamente. E um pouco de organização da CBF junto ao calendário de treinos na Suíça e o espaço onde colocaram a gente. Foi muita bagunça… e isso tira o foco e a concentração. Com o time que nós tínhamos, teríamos que chegar pelo menos à final daquela competição.”
