Zé Elias cita “simplicidade” e aponta três técnicos com identidade no futebol brasileiro
Comentarista se aprofundou no estilo de Fábio Carille, atual comandante do Santos
Contratado para reconduzir o Santos de volta à elite nacional, Fábio Carille vem acertando cada vez mais o Peixe. Em análise sobre o trabalho do técnico, Zé Elias apontou que o profissional, assim como Tite, do Flamengo, e Fernando Diniz, do Fluminense, possui uma marca dentro do futebol brasileiro. Neste cenário, o histórico visto em campo foi associado com equipes organizadas, mas que não costumam dar espetáculo.
“Eu acho ele bom treinador. Quando se contrata o Carille, você sabe qual tipo de jogo vai ter. É a mesma coisa quando se contrata o Fernando Diniz e o Tite. O Carille já criou uma identidade dentro do futebol brasileiro.”, disse Zé Elias no programa ESPN F90.
Questionado por André Plihal, Zé Elias descreveu o estilo de Carille com a palavra “simplicidade”. Diante das dificuldades impostas ao longo da Série B, o Santos, finalista do Paulistão, pode se beneficiar do trabalho que prioriza resultados.
“Defina o Carille em uma palavra.”, desafiou Plihal.
“Simplicidade. Ele faz um trabalho ‘simples’, não é cheio daquelas coisas (complicadas), você sabe exatamente como vai ser a defesa, o meio-campo, e como (o time) vai se comportar. Se mudar a formação, mas existe uma essência. A essência é de um time organizado. Se perder a bola, você já sabe que está organizado para se defender. Não é um time que projeta tanto, é mais equilibrado.”, respondeu Zé Elias.
Carille é um técnico retranqueiro?
Valorizando a eficiência das equipes de Carille, Zé Elias não condenou a filosofia do treinador. Isso porque existe um impacto que se sobrepõe ao “jogo bonito”, estilo que não é garantia de triunfos dentro das quatro linhas.
“O Carille, no primeiro ano de Corinthians, tivemos algumas discussões nos programas. Muito se falou que ele é retranqueiro. Mas o que é jogar bonito? Treinar o sistema de jogo e executar exatamente como treinou? A gente questionou sobre ele ser retranqueiro, mas ele ganha.”
“Ele se organiza e tem um objetivo. É melhor que o time que treina e não consegue jogar nada. Ele joga bonito? Não. É eficiente? É eficiente.”, afirmou.