A seleção brasileira teve uma atuação contundente e superou a Inglaterra, no último sábado (22), em Wembley, no confronto que marcou a estreia de Dorival Júnior no comando técnico. Em texto publicado coluna da Folha de S. Paulo, Tostão teceu elogios ao lateral Wendell, do Porto, uma das novidades na convocação do escrete.
Na visão do ex-jogador, o jovem deu conta do recado na lateral-esquerda, não comprometendo na marcação e ainda apoiou bem no comando ofensivo. Para Tostão, há um equívoco em classificar que os laterais não precisam mais auxiliar no ataque por conta da atuação dos pontos. O ídolo do Cruzeiro utilizou como justificativa a derrocada do Brasil na Copa do Mundo de 2022.
“O lateral esquerdo Wendell atuou bem na marcação e no apoio. A análise de que não há mais necessidade de se ter excelentes laterais apoiadores porque a seleção brasileira tem pontas de altíssima qualidade não se justifica. As duplas pelos lados são importantes. Na Copa de 2022, os pontas brasileiros não brilharam contra a Croácia porque foram muito bem marcados e porque não tiveram ajuda dos laterais.
Tosta aponta carência na seleção brasileira
Ainda no texto, Tostão frisou a necessidade do escrete canarinho ter jogadores de meio-campo qualificados à altura dos principais nomes da posição. Para ele, Bruno Guimarães, Paquetá e João Gomes são bons atletas e por atuarem no Velho Continente têm totais condições de evoluir para alcançar o ápice.
“Faltam à seleção brasileira meio-campistas que estão no nível dos melhores do mundo da posição. Os que atuaram contra a Inglaterra são muito bons, estão acostumados com a intensidade do futebol inglês e podem evoluir. É essencial dar mais importância ao meio campo e ter mais o domínio da bola e do jogo”, avaliou o lendário ex-jogador.
O Brasil volta a campo nesta terça-feira (26), às 17h30 (de Brasília), diante da Espanha, no Santiago Bernabéu. O jogo também é parte de uma campanha para combater o racismo.