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Daniel Alves, ex-lateral em jogo da seleção brasileira nas Olimpíadas de Tóquio. (Lucas Figueiredo/CBF)
A Procuradoria Provincial de Barcelona entrou com recurso nesta sexta-feira contra a liberdade provisória do ex-lateral Daniel Alves concedida pela Justiça da cidade mediante o pagamento de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,5 milhões). Em fevereiro deste ano, o jogador foi condenado a quatro anos e meio de prisão por estupro a uma jovem numa casa noturna espanhola em dezembro de 2022. A defesa alega que as relações foram consensuais.
O órgão de Barcelona entende que há “elevado risco de fuga” do ex-jogador brasileiro, caso ocorra o pagamento da fiança.
“Ainda mais tendo em conta os recursos interpostos pelo Ministério Público e pela acusação particular e o horizonte penal que o arguido enfrenta é de até 12 anos de prisão”, explica em comunicado.
“Existe um elevado risco de fuga, que entendemos não poder ser atenuado com as medidas alternativas previstas no despacho recorrido, tendo em conta a falta de raízes do Sr. Alves no nosso país, e as raízes existentes com o seu país de origem [Brasil] país que não extradita nacionais em crimes de agressão sexual, e dada a sua elevada capacidade econômica, o que implica que o risco de fuga não é atenuado pelo depósito da fiança”, insiste a Procuradoria Provincial de Barcelona.
Até o momento, Daniel Alves não conseguiu pagar a fiança de 1 milhão de euros.
O prazo para quitação vence sempre às 14h do horário local (10h de Brasília) e hoje, especificamente, a defesa conseguiu um adiamento de uma hora no prazo, mas sem sucesso. Vale lembrar que os bens e contas de Daniel Alves estão bloqueados pela Justiça.
Na última quarta-feira, o jornal “La Vanguardia” publicou que Daniel Alves teria solicitado ao pai de Neymar o pagamento da quantia, porém, isso foi negado pelo empresário em postagem nas redes sociais.
