Presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), José Perdiz de Jesus, solicitou à procuradoria do órgão a instauração de inquérito após John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo, denunciar corrupção na arbitragem brasileira, em entrevista ao jornal “O Globo”.
O mandatário intimou Textor em até três dias entregar todos os documentos que alega possuir, referentes aos “juízes gravados reclamando de não terem propinas pagas”.
Caso isso não ocorra, o empresário norte-americano pode ser suspenso por 90 a 360 dias, e na reincidência eliminação.
“Em referência a solicitação de ABERTURA DE INQUÉRITO interposta pela PROCURADORIA DA JUSTIÇA DESPORTIVA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL – STJD DEFIRO seu pedido de forma a intimar o Sr. John Textor, para que, no prazo de 3 (três) dias, entregue todos os documentos que alega possuir ter referente aos “juízes gravados reclamando de não terem propinas pagas”, sob pena de aplicação do artigo 223 “caput” e seu parágrafo único do CBJD, ou seja, em caso de descumprimento, seja o Sr. John Textor suspenso automaticamente até que cumpra a decisão, além da suspensão por 90 a 360 dias, e na reincidência eliminação”, determinou José Perdiz.
A revolta de Textor com a arbitragem no Brasileirão Série A 2023 teve início após a queda brusca de rendimento do Botafogo, que perdeu o título após encerrar o primeiro turno com 14 pontos de vantagem sobre o vice-líder.
“Nos últimos jogos do ano passado, o ódio foi tão forte que foi muito difícil para nós assistirmos. Não vamos ganhar campeonatos assim”, lamentou Textor, que em entrevista ao Jornal “O Globo”, prometeu apresentar as provas.
“Os torcedores vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas com ninguém sobre manipulações e erros”, disparou.