Nadadora paralímpica Joana Neves morre aos 37 anos em São Paulo
Atleta passou mal, enquanto estava no CT Paralímpico, e chegou a ser levada ao hospital; ela nasceu com acondroplasia
O esporte paralímpico brasileiro acordou com uma grande perda nesta segunda-feira, 18 de março. Trata-se da nadadora Joana Neves. Ela tinha 37 anos e foi vítima de uma parada cardiorrespiratória, em São Paulo. Atleta estava no CT Paralímpico, passou mal, foi levada ao hospital, mas não resistiu.
Segundo informações do Diário do Nordeste de Fortaleza, a nadadora potiguar de Natal, nasceu com acondroplasia, condição que prejudica o crescimento dos ossos e causa baixa estatura. Por conta disso, quadros de paradas, como a de Joana, são comuns, pois, o fluxo de oxigênio, também, é afetado.
Nadadora foi medalhista mundial em Portugal
Joana que, descobriu a natação aos 14 anos, por recomendação médica, foi medalhista de ouro no revezamento 4x50m livre misto, além de prata nos 50m livre da classe S5 (limitação físico-motora). Ainda subiu ao pódio mais duas vezes durante o evento: bronze nos 50m borboleta e nos 100m livre. A conquista veio no último mundial da modalidade realizado na Ilhada da Madeira, em Portugal. A edição foi a de 2022.
Além disso, a “joaninha”, como era carinhosamente chamada, participou de três edições das Paralimpíadas (Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020) com cinco medalhas, no total. Em Jogos Parapanamericanos, Joana Neves, também subiu ao lugar mais alto do pódio.
CPB presta condolências
Tão logo houve a confirmação do falecimento, o CPB (Comitê Paralimpíco Brasileiro), soltou a nota que segue.
“Estamos consternados com a partida da Joana Neves, nossa Joaninha. Tanto carisma fora das piscinas, tanta garra quando caía na água para representar nosso país, seu estado, o Rio Grande do Norte, seus amigos e sua familia. Quanta gente se orgulhava com as conquistas da Joaninha. E quanta alegria ela nos deu. Ela era uma tremenda atleta. Que Deus, em sua infinita bondade, conforte a coração dos familiares e amigos”, disse Mizael Conrado, presidente do CPB.