
Jornalista não perdoa futebol apresentado no Brasileirão - Reprodução / YouTube
Os primeiros meses da temporada do futebol brasileiro são um verdadeiro contraste. De um lado, equipes que confirmam em campo todo o favoritismo pregado pela mídia esportiva. Enquanto que outras, de forma até surpreendente decepcionam pela expectativa antes criada. Um destes casos envolve o São Paulo. Campeão da Supercopa Rei, o Tricolor sofreu para avançar às quartas de final do Paulistão e Milton Neves aponta para Thiago Carpini como “responsável”.
Em coluna publicada no UOL Esporte, o jornalista que já teceu muitos elogios e merecidos ao treinador considera sua “culpa” o sufoco da equipe para vencer o Ituano, pior time da competição por 3 a 2.
“Tem sentido o mesmo time ganhar um título contra o Palmeiras, empatar merecendo a vitória contra o mesmo rival na semana passada e ainda assim sofrer mais que o cabeleireiro do Mauro Beting para vencer o Ituano? Equipe de Itu que foi simplesmente rebaixada com o resultado suadíssimo do São Paulo”, aponta Milton.
“E o responsável por esse sufoco todo tem nobre e sobrenome: Thiago Carpini. Sei que, no começo de sua jornada no Morumbi, o elogiei efusivamente. Mas ele realmente estava bem, o que mais poderia dizer? Só que esse sacrifício todo para avançar no Paulista me fez rever os elogios de outrora”, acrescenta.
Milton Neves, que enxerga boas ideias no jovem treinador do SPFC aproveitou para dar um conselho ao profissional do futebol brasileiro: “Ele precisa inventar menos e voltar a apostar mais nas ideias deixadas por Dorival Júnior“.
Milton Neves reprova atitude de Carpini em jogo do SPFC
Logo após o gol de Lucas Moura, que garantiu a classificação do São Paulo para as quartas de final do Paulistão, o treinador olhou para a arquibancada fazendo gestos direcionados para os torcedores.
“E o pior é que, depois do gol de Lucas, de pênalti, ele ainda provocou colocando o dedo no ouvido.
Não se sabe se foi para a torcida do São Paulo ou para a do Ituano”, destacou o jornalista.
“Mas a verdade é que, antes de pensar em provocar qualquer um, Carpini precisa ser humilde e pedir desculpas aos tricolores. Eles não mereciam passar por isso”, concluiu.
Na entrevista coletiva, o técnico justificou a atitude. “Tinha três ou quatro pessoas no alambrado que conheço, são desafetos que a vida e o futebol nos dão. Em um estádio muito pequeno, com ofensas de cunho muito pessoal direcionada aos meus filhos, minha esposa, há um limite”, respondeu.