Segundo o jornalista, a “pecha” vai colar no país europeu após todos os casos de racismo de rivais contra o atacante
O comentarista Mauro Cezar Pereira, em participação no programa UOL News Esporte, disse que Vinícius Júnior pode deixar o Real Madrid e que o atacante brasileiro tem que “pensar bem” caso receba proposta de outros clubes.
Segundo ele, o jogador pode “cansar” do clube e da Espanha, que pode se prejudicar, já que a “pecha” de país racista pode ficar após os recentes e repetidos casos de racismo de torcedores rivais contra Vinícius Júnior.
“Essa pecha vai colando nas pessoas, no país, na população, é muito ruim para a própria Espanha. Entendo que ele não queria entregar os pontos para os vermes racistas, mas acho que vai chegar uma hora que ele não vai aguentar”, disse Mauro Cezar Pereira sobre a situação atual de Vini Jr no futebol espanhol.
“Vamos imaginar que algum time da Premier League com algum poderia econômico chegue no Real Madrid e faça uma proposta, lógico, procurando staff do jogador, ele vai ter que pensar bem. Por mais que ele goste de Madri, do Real Madrid, da torcida, dos colegas de time, ele é muito jovem, tem muita carreira pela frente.”
Mauro Cezar diz que Real Madrid pode perder um grande jogar para o restante da carreira
Com longo contrato com o Real Madrid e ainda com 23 anos, Vinícius Júnior admitiu em entrevista coletiva recente que tem perdido a vontade de jogar futebol por conta de tantos atos racistas.
Para Mauro Cezar, se o jogador “cansar” do Real Madrid, o clube pode perder um atleta que pode evoluir ainda mais e se tornar “até melhor do que já é”. Vinícius Júnior é o autor do gol do título de Champions League do clube, em 2022, contra o Liverpool.
“Imagina se o Vini Jr sai do Real Madrid porque não tem mais clima, vai jogar em outro país e o futebol dele cresce, cresce, cresce e ele vira um jogador bem melhor do que ele já é”, lembrou Mauro Cezar, que concluiu:
“Imagina, um jogador que poderá passar toda a carreira no Real Madrid se ele tiver longevidade no alto desempenho, no alto nível. Isso pode ser até um divisor de água para muita gente, mas eles encaram como algo normal, é bizarro.”