Fernando Diniz foi campeão pelo Fluminense mais uma vez ao conquistar a Recopa Sul-Americana, batendo a LDU por 2 a 0, no Maracanã, e mais uma vez recebeu elogios. Porém, para Mauro Cezar Pereira, durante o podcast Posse de Bola, do UOL, um dos elogios passou dos limites.
Isso porque um dos auxiliares de Diniz disse que ele era revolucionário, chegando a citar ninguém menos que Johann Cruyff, ídolo histórico da Holanda e do Barcelona, ao falar sobre o “chefe”.
“É muito exagero, houve até uma declaração do auxiliar dele, comparando o Diniz com o Cruyff, ainda não dá, aí é demais, o Diniz está para o futebol brasileiro como o Cruyff está para o futebol, aí não dá, aí está de sacanagem, vá puxar o saco do chefe assim não sei aonde, aí é dose para javali”, disse Mauro Cezar sobre a comparação entre Diniz e Cruyff.
“Quer elogiar o cara, elogia, mas sem excessos: comparar ao Cruyff? Parei, diria José Trajano.”
Para Mauro Cezar, Diniz não é revolucionário
O comentarista disse ainda que chamar Fernando Diniz de revolucionário é um exagero. Ele elogiou o treinador do Fluminense, que para ele foge do lugar comum, mas que isso não pode ser visto além do natural.
“Venceu, bacana, Recopa, é um título a mais, é um título inédito, a torcida ficou feliz, foi uma vitória de muita coragem, mesmo sem jogar muito bem, mas achei um pouco chato essa coisa do Diniz, acho também que é um recorte muito favorável, tem que pegar o combo”, disse Mauro Cezar, que seguiu:
“Brasileiro do Fluminense: muito fraco fora de casa, em casa, fortíssimo. Muito desequilíbrio, ganhou a Libertadores, mas não teve uma campanha perfeita e a passagem dele pela seleção foi um desastre, perdeu três jogos seguidos, foi um desastre. Aí fica esse discurso como se o Diniz fosse um revolucionário, não, ele só é um técnico de futebol que foge do lugar-comum (e isso eu acho uma virtude, sempre elogiei) dos técnicos brasileiros.”
O Fluminense bateu a LDU por 2 a 0, conquistando a Recopa Sul-Americana, com dois gols de Jhon Arias. O Flu perdeu a ida por 1 a 0, no Estádio Casablanca, em Quito, e conseguiu reverter a vantagem do adversário no Maracanã.