Daniel Alves não paga fiança e segue preso em Barcelona; confira
Rumores de que o pai de Neymar poderia quitar o valor para liberação não se confirmaram, mas a defesa do jogador ainda busca liberdade provisória
Dani Alves reage durante o jogo da 13ª rodada entre Pumas UNAM e Querétaro (Agustin Cuevas/Getty Images)
Daniel Alves não conseguiu pagar a tempo a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) que o permitiria aguardar em liberdade a decisão final da corte sobre o crime de estupro ocorrido em Barcelona, Espanha. Havia a previsão de que ele deixasse a prisão ainda nesta quinta-feira (21), mas por enquanto, ele segue preso no Centro Penitenciário Brians 2.
O jornal espanhol La Vanguardia noticiou ontem (20) que a fiança milionária seria bancada pelo pai do jogador Neymar após solicitação de Daniel Alves. É importante salientar que os dois atuaram juntos tanto no Barcelona quanto na seleção brasileira e têm laços de amizade antigos evidenciados em publicações nas redes sociais.
O ex-jogador foi condenado a quatro anos de prisão pelo crime de estupro de uma mulher no banheiro da boate Suton, em Barcelona, em 2022. Apesar das alegações contrárias, a justiça espanhola entendeu que a relação entre os dois não foi consensual.
Daniel Alves tem dinheiro para a fiança?
Daniel Alves não está em situação financeira ruim, muito pelo contrário. O que impede o pagamento imediato da fiança com recursos próprios é o bloqueio de seus bens e contas bancárias pela justiça.
Para se ter uma ideia, o valor equivale a dois meses de salário do jogador quando estava no auge da carreira. Conforme apuração do site Capology, especializado em finanças do mundo do futebol, Daniel Alves amealhou nada menos do que 63,6 milhões de euros (R$ 345,3 milhões) em salários durante dez anos de carreira.
Esses valores, já corrigidos, equivalem apenas às remunerações pelas atuações por Barcelona, PSG, Juventus, São Paulo e Pumas UNAM (MEX), ou seja, não entram no montante os ganhos com peças publicitárias, luvas e contratos com marcas esportivas.
Em sua passagem São Paulo, o jogador ficou marcado por atuações medianas que contrastavam com seu altíssimo salário. O Tricolor tentou, por meio de seu departamento jurídico, cessar o pagamento da dívida que tinha com o jogador após a acusação, mas não teve êxito e o clube paulistano engorda mensalmente a conta bancária do ex-lateral com R$ 500 mil até quitar os R$ 20 milhões.
