O comentarista Arnaldo Ribeiro, durante o programa UOL News Esporte, disse que o Palmeiras não é uma vítima na confusão com o São Paulo, que começou em 3 de março, no clássico entre as equipes, que foi disputado no MorumBis, e que culminou em uma proibição de entrevista coletiva e no diretor Carlos Belmonte chamando o técnico Abel Ferreira de “português de m…”.
Porém, para Arnaldo Ribeiro, o Palmeiras foi beneficiado naquela mesma partida, por isso não pode ser tratado como vítima. Ele ainda chamou a resposta de Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras, de “patética”.
“O Palmeiras é a vítima? Não, o Palmeiras não é a vítima, o Palmeiras foi beneficiado claramente no jogo. Mais: a comissão técnica e o Abel tiveram um comportamento muito condenável durante o jogo em relação à arbitragem, isso não consta em nenhum relatório e eles saíram ilesos. É só você acompanhar as imagens da comissão técnica do Palmeiras e do Abel. Já que eles não foram nem citados pelo árbitro, eles não podem ficar como vítimas”, apontou Arnaldo Ribeiro, que lembrou a atitude de Anderson Barros na situação.
“Soa patético e ridículo quando o Anderson Barros, aquele mesmo que cercou árbitros naquele episódio que o Abel tomou o celular de um jornalista no Mineirão, queira soar como paladino da situação. Nessa história, ninguém tem razão. A pizza fede, em vez de estar cheirosa, mas o Palmeiras como vítima eu não engulo mesmo.”
São Paulo fez acordo com o TJD
Para que dirigentes, jogadores e comissão técnica não fossem punidos pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), o São Paulo fez um acordo e o diretor Carlos Belmonte gravou um vídeo de desculpas a Abel Ferreira. Segundo Arnaldo Ribeiro, isso não foi bem recebido pelo Alviverde.
“O acordão não foi bem recebido pelo Palmeiras. É evidente que o pedido de desculpas do Belmonte à Leila e ao Abel ter sido do jeito que foi, às vésperas do acordo, daquele jeito e tudo mais, num vídeo que nem eu nem vocês vão engolir como desculpas. O Abel não se pronunciou oficialmente, mas quem cerca o Abel diz que quando ele comete excessos, ele pede desculpas no dia seguinte, essa é a alegação do Abel, e não foi o caso do Belmonte. Depois, o Anderson Barros apareceu para dizer que isso é um tapa na cara da sociedade”, lembrou Arnaldo durante o programa do UOL.
“Sinceramente, me soa um pouco exagerado o papel de vítima do Palmeiras. E aí fica nessa elucubração: quando tiver o próximo São Paulo e Palmeiras, o que vai acontecer? De lado a lado, não existe nenhuma menção de recuo, apesar do acordo costurado na Federação Paulista.”