Home Futebol André Rizek apoia fala de Milly Lacombe sobre Cuca: “Aprendi com ela hoje”

André Rizek apoia fala de Milly Lacombe sobre Cuca: “Aprendi com ela hoje”

Jornalistas repercutiram contratação de Cuca pelo Athletico, anunciada no começo da semana pelo Furacão

Marco Maciel
Marco Maciel é jornalista que atua cobrindo futebol brasileiro, com ênfase para o futebol gaúcho com Internacional e Grêmio e para a mídia esportiva. Graduado em jornalismo pela pela PUC-RS, em 2007, está no Torcedores.com desde 2022; passou pela redação e assessoria de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade); edita o site SAMBARIO, voltado para sambas-enredo, desde 2004; e escreveu para o portal de automobilismo Nas Pistas em 2023 e 2024.
Cuca é o novo técnico do Athletico (Reprodução/Rede Furacão)

Cuca é o novo técnico do Athletico (Reprodução/Rede Furacão)

Jornalistas repercutiram contratação de Cuca pelo Athletico, anunciada no começo da semana pelo Furacão

A contratação de Cuca pelo Athletico segue gerando debates. Desde o anúncio do novo técnico pelo Furacão na segunda (04), a polêmica sobre o estupro de uma menor de idade em Berna, em que se envolveu em 1987, voltou a ficar em evidência.

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No podcast Fim de Papo no UOL de ontem (05), Milly Lacombe defendeu o direito de Cuca de voltar a trabalhar, o considerando um grande treinador. A jornalista reforçou que a vítima do crime, Sandra Pfäffli, faleceu cerca de 15 anos depois do ocorrido, conforme a Justiça da Suíça. Em 2002, ela teria 28 anos de idade. A causa da morte não foi revelada.

“O Cuca nunca percebeu que isso não é sobre ele. Os defensores do Cuca, igualmente. Isso é sobre uma vida que está acabada. O Cuca pode não ter feito, mas alguém morreu”, lamentou Milly Lacombe.

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A comentarista reforçou que a história gera visões diferentes nos pontos de vista masculino e feminino. “Tem mulheres que não entendem e tem homens que entendem”, ressaltou. “Mesmo que a gente não morra, a gente nunca mais vive. Uma mulher abusada, estuprada, assediada, acaba um pouco no ato”.

Milly Lacombe falou das diferenças de educação para meninos e meninas na infância. “Vão falar assim pra gente desde que a gente é pequenininha: ‘Fecha essa perninha, não usa essa saia, não sai à noite, não bebe. Se acontecer uma coisa: a culpada é você’. Esse é o recado que nos é dado. Não falam pro menino: ‘não estupre’. Falam pra gente: ‘não se deixe estuprar’. Pro menino é uma farra, pra gente é a morte'”, refletiu.

A jornalista reiterou que Cuca não compreendeu o acontecido e que não precisaria ele se justificar sobre o crime. Então, Milly Lacombe sugeriu que o técnico do Athletico se engaje em causas sociais como campanhas contra o estupro e assédio às mulheres, além de investir seu patrimônio em ações da Lei Maria da Penha.

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“Eu garanto pra vocês que as torcedoras do Athletico Paranaense não se manifestariam. A gente precisa de aliados. O Cuca seria um grande aliado. Ele nunca entendeu que não é sobre ele. Ele continua falando dele. Não é sobre ele, é sobre a gente”, disse Milly Lacombe. “A gente precisa de ajuda porque a gente tá morrendo todos os dias, simbólica ou literalmente”, concluiu.

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Rizek: “Pode-se aprender até com quem a gente discorda”

O discurso da jornalista foi enaltecido por André Rizek. O apresentador do Grupo Globo compartilhou o corte da fala de Milly Lacombe, em sua conta na plataforma X.

“A vida é aprendizado. Pode-se aprender até com quem a gente discorda tantas vezes. Faço minha parte para que essa fala da Milly Lacombe chegue ao maior número de gente possível – e, quem sabe, ao Cuca também. Aprendi com ela hoje”, escreveu Rizek, na manhã de hoje (06).

Cuca se aliviou com prescrição de julgamento

Em entrevista para os canais do Athletico, Cuca citou o episódio na Suíça. O técnico declarou estar aliviado com a anulação da condenação pelo caso ter prescrito, mesmo depois de solicitar um novo julgamento à Justiça da Suíça no ano passado.

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“A gente fica muito aliviado porque, quando saí do Corinthians, eu sempre disse a verdade, eu não menti em momento algum”, defendeu-se. “Tem dizeres que a moça reconheceu, por três vezes ela não reconheceu e está nos autos. A advogada pode dar um DNA inconclusivo e não é meu. Um DNA que eles entenderam que era inconclusivo, sem contraprova”, alegou Cuca.

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