Advogado abre o jogo sobre postura de Robinho após decisão do STJ
Defesa do ex-jogador buscará meios para evitar a prisão imediata
O advogado de Robinho, José Eduardo Alckmin, revelou maiores detalhes acerca da decisão do Superior Tribunal de Justiça. O órgão determinou a prisão do ex-atleta no Brasil nesta quarta-feira (20) e de acordo com o profissional, o ex-Santos não irá ser opor a uma prisão imediata.
“Ele está à disposição da Justiça. Se chegar lá o oficial de Justiça, ele vai acompanhar. Ele não vai se opor à execução, com certeza”, declarou o advogado.
O ex-jogador do Santos e da Seleção Brasileira foi condenado por estupro na Itália. A defesa de Robinho preparou um habeas corpus para evitar a prisão imediata.
“Dependo da documentação que eu obtenho aqui na Secretaria do STJ. Se eles me fornecerem rápido, será rápido”, explicou.
Prisão imediata de Robinho
A detenção de Robinho no Brasil foi determinada em votação sendo aprovada por nove ministros da Corte Especial do STJ. Dois foram contrários a presença do ex-jogador em um presídio brasileiro. Vale ressaltar que a prisão imediata de Robinho também foi decretada pela maioria dos ministros e o pedido será executado pela Justiça Federal de Santos.
O ex-jogador de futebol ficará detido no Brasil devido ao posicionamento do país em relação à política de extradição. Ele foi condenado na Itália estando em solo brasileiro.
Sobre o caso
Robinho foi acusado de estupro por uma mulher albanesa no dia 22 de janeiro de 2013. Na ocasião, o ex-jogador estava acompanhado de cinco amigos em uma boate de Milão. Além do brasileiro, Ricardo Falco também foi condenado pelo crime.
Os outros agressores deixaram a Itália e não foram localizados para serem notificados para a primeira audiência em 2016. Robinho chegou a falar sobre o caso, confessando que teve relacionamento consensual com a vítima.
Em seu retorno ao Brasil, o ex-jogador chegou a assinar um contrato com o Santos em 2020. O acordo entre Robinho e o Peixe não agradou aos torcedores que influenciaram na rescisão do acordo.
Robinho foi condenado em terceira instância em 2022, na Itália. A sentença de nove anos nunca foi cumprida pelo ex-jogador, já que ele estava no Brasil. A justiça europeia solicitou um julgamento para que o ex-jogador cumprisse a sua pena em solo brasileiro.