Sormani aponta reviravolta e Santos pode não ter reforma da Vila Belmiro

O jornalista Fábio Sormani destacou ontem, terça-feira (20), que o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, está “batendo de frente” com a WTorre, empresa que se encargou da reforma da Vila Belmiro.

O desejo do mandatário alvinegro contraria os moldes propostos pela companhia para iniciar a reformulação do estádio santista. Então, essa cenário pode fazer com que as obras não aconteçam.

Fábio Sormani detalha “embate” Marcelo Teixeira x WTorre

“O Marcelo Teixeira tem dito em algumas entrevistas, que há a possibilidade de ele fazer a Vila Belmiro em outro local. Não a Vila Belmiro, um novo estádio do Santos em outro local e deixar a Vila Belmiro ali, onde ela está”, iniciou o jornalista em seu canal do YouTube.

“Então o que eu fiz? Eu entrei em contato com Marco Siqueira, que é o CEO da WTorre, o cara que manda em tudo lá, e perguntei: ‘você tem visto as declarações do presidente Marcelo Teixeira e qual a possibilidade de ser feito um estádio em outro local, no terreno que ele vai arrumar, etc e tal’?”, revelou seu questionamento ao chefe da construtora.

No entanto, o jornalista enfatizou que o CEO da empreiteira descartou a possibilidade da construção de uma nova arena para o Alvinegro Praiano.

“O projeto entregue na prefeitura de Santos, na semana passada, só contempla a reforma da Vila Belmiro. Esse é o único interesse da WTorre. Não existe qualquer outra possibilidade”, respondeu o CEO da WTorre, de acordo com Fábio Sormani.

“Então gente, eu não sei qual é a jogada do Marcelo Teixeira. O Santos não tem dinheiro para pagar nem o transfer ban do [Fabián] Bustos, está aí tentando fazer uma ginástica financeira para conseguir. Como é que o Santos vai construir um estádio, se ele não tem dinheiro?”, questionou.

Reforma da Vila Belmiro ameaçada

“A única empresa que possibilita a construção de um estádio é a WTorre, e o Santos não vai ter que entrar com dinheiro nenhum, só com o terreno: a Vila Belmiro”, pontuou o jornalista.

Vale destacar que a construtora visa reformar a Vila Belmiro e ter em troca a venda de camarotes, cativas, naming rights, entre outras coisas, como a promoção de eventos no local após a conclusão dos trabalhos.

“Captando esse dinheiro no mercado, começa a construção da Vila Belmiro. Nem a WTorre gasta, nem o Santos gasta. Agora, se o Santos vai construir o estádio em outro local, vai ter que procurar outra empresa”, alertou Sormani.

Seguindo esta linha, Fábio Sormani lembrou que equipes como Athletico-PR, Grêmio e Corinthians, construíram suas respectivas arenas no mesmo modelo proposto pelo presidente santista, Marcelo Teixeira. Contudo, enfatizou que nenhum destes times terminaram de pagar a construção até hoje.

Além disso, o comentarista sublinhou que existe muito litígio na Justiça envolvendo essas equipes que levantaram seus próprios estádios.

Porém, não deixou de lembrar a briga entre a WTorre e o Palmeiras. Mas destacou que com o Verdão tem sido diferente, pois o clube deveria avaliar o que consta no contrato.

Enquanto com o Santos não teria problema com naming rights e nem com a cessão de cadeiras cativas, desde que respeite as 1300 destinadas à equipe.

Cenário do Santos preocupa o analista esportivo

“Estou muito preocupado com esta reforma da Vila Belmiro, porque Marcelo Teixeira está desafiando a todo momento a WTorre. E eu não consigo vislumbrar nenhuma outra possibilidade de o Santos ter uma arena para 30 mil pessoas, que não seja nos moldes da WTorre”, disse Sormani.

Por fim, Sormani alertou Marcelo Teixeira que o Santos “está ficando para trás” em relação aos seus rivais, e que o time “tem torcida” e não pode deixar passar a oportunidade de ampliar o número de lugares da Vila Belmiro para 30 mil.

Não foi só isso. O jornalista destacou que o Santos está atrasado em muitos aspectos, e usou o contrato com a Brax como exemplo. Isso porque a equipe tem contrato com a empresa válido por seis anos, recebendo R$ 16 milhões por temporada.

Enquanto Flamengo e Corinthians têm parceria com a mesma companhia, mas recebem R$ 60 e 50 milhões, respectivamente.