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Seleção Feminina vence Porto Rico, mas segue com seríssimos problemas; entenda

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa as escolhas de Arthur Elias e a estreia preocupante do Brasil na Copa Ouro Feminina

Por Luiz Ferreira em 22/02/2024 19:58 - Atualizado há 9 meses

Leandro Lopes / CBF

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa as escolhas de Arthur Elias e a estreia preocupante do Brasil na Copa Ouro Feminina

Este que escreve entende que o técnico Arthur Elias tem pouco tempo para implementar seus conceitos na seleção brasileira feminina. No entanto, nem mesmo a vitória (muito mais suada que o esperado) sobre Porto Rico (na estreia da sua equipe na Copa Ouro Feminina) esconde o fato de que a Canarinho JOGOU MAL. Mais uma vez.

É possível relevar uma série de coisas que vimos na partida da madrugada desta quinta-feira (22). Podemos falar das condições físicas de algumas jogadoras, a falta de ritmo, o nervosismo das novatas e a grande atuação da EXCELENTE goleira Sydney Martínez. O que não pode se fazer é negar a realidade dos fatos. Precisamos sim reconhecer que o treinador está se deparando uma série de problemas nesse seu início de trabalho. E é dever dele encontrar as soluções.

É possível sim ver pontos positivos na vitória sobre as porto-riquenhas, como as boas apresentações de Bia Menezes e Duda Santos, além das boas entradas de Gabi Nunes, Yasmim e Antônia no segundo tempo. O problema é que a seleção brasileira segue jogando abaixo do que o próprio Arthur Elias prometeu em entrevistas coletivas recentes. Há problemas em todos os setores. Principalmente no ataque, onde os erros nas tomadas de decisão persistem.

O que deu certo e o que deu errado na seleção brasileira feminina?

Arthur Elias apostou no mesmo 4-4-2/4-2-4 que usou no Corinthians em várias oportunidades. Júlia Bianchi e Bia Menezes ficaram nas laterais, Ary Borges e Aline Milene foram as volantes, Duda Santos entrou como “10” se revezando com Bia Zaneratto no ataque, e Debinha e Adriana ocuparam os lados do campo. Formação ousada no setor ofensivo, mas que sofreu com a falta de criatividade e os seguidos erros nas tomadas de decisão ao longo da partida em San Diego.

Adriana, Debinha, Duda Santos e Bia Zaneratto formaram o ataque da Seleção Feminina. Faltou criatividade e calma nas finalizações. Imagens: Reprodução / YouTube / CONCACAF

A Amerelinha tinha a posse da bola e encontrava espaços, mas sempre errava no último passe ou nas finalizações a gol. Não por acaso, os melhores momentos da seleção foram vistos quando as jogadoras se aproximaram mais umas das outras e buscaram as triangulações. Exatamente como na bola na trave de Debinha depois de belo lançamento de Rafaelle para Bia Menezes pelo lado esquerdo. Mesmo assim, ainda era pouco para quem prometeu tanto.

Rafaelle lança Bia Menezes, Debinha ataca o espaço e acerta a trave esquerda. O Brasil crescia quando as jogadoras se aproximavam. Imagens: Reprodução / YouTube / CONCACAF

Vale destacar também as boas entradas de Yasmim, Antônia e Gabi Nunes no segundo tempo. Principalmente a camisa 9. O campo GRITAVA por alguma atacante que servisse de referência para o restante da equipe. O único gol do embate saiu de mais um belo lançamento de uma zagueira (Antônia) na profundidade para Adriana cruzar na medida para Gabi Nunes. Interessante notar como a Canarinho crescia quando acertava um mínimo de coisas.

Antônia lança Adriana na direita e esta cruza rasteiro para Gabi Nunes marcar o único gol brasileiro. O acerto nos passes foi premiado. Imagens: Reprodução / YouTube / CONCACAF

Fato é que a atuação da seleção feminina deixou MUITO a desejar. Difícil entender, por exemplo, como Debinha permaneceu em campo durante todo o jogo mesmo errando quase tudo que tentou e desperdiçando chances cristalinas de gol. O meio-campo ficou sobrecarregado na criação, visto que o quarteto ofensivo pouco se apresentava na organização das jogadas. Além disso, a defesa quase não foi testada. E isso pode ser um problema.

Os (muitos) perigos da Colômbia de Linda Caicedo e Catalina Usme

Não é difícil concluir que a Canarinho terá que jogar o que ainda não jogou nesses últimos meses se quiser vencer a Colômbia na próxima segunda-feira (25). A equipe cresceu demais com o comandante Angelo Marsiglia e tem jogadoras de extrema qualidade como Linda Caicedo, Catalina Usme e Manuela Pavi. A postura do Brasil terá que ser outra, bem diferente da vitória sobre Porto Rico. Estejam certos de que os erros nas tomadas de decisão não serão perdoados.

Antes de seja tarde demais, é preciso que Arthur Elias e as jogadoras se reconectem com a realidade. Não existe mais a desculpa da “treinadora estrangeira que mutila o talento brasileiro”. Já passou da hora de entregar mais desempenho e mais futebol. Principalmente as veteranas que seguem se escondendo atrás do discurso raso em cada revés da seleção feminina.

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