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Renato Gaúcho aponta jogador “injustiçado” no futebol brasileiro

Treinador classificou atleta como gênio e citou legado construído dentro das quatro linhas na seleção histórica de 1982 e no Fla

Por Cido Vieira em 06/02/2024 13:24 - Atualizado há 11 meses

Renato Gaúcho, técnico do Grêmio - (Mauro Horita/Getty Images)

Em um longo papo com o “ge”, o técnico Renato Gaúcho relembrou de momentos marcantes, deu sua opinião sobre o momento atual da CBF e não deixou de exaltar suas referências no futebol. Indagado pela reportagem se é injusto colocar nomes como Ronaldo e Romário acima de outros gênios do futebol nacional que não ganharam uma Copa, o comandante do Grêmio citou o “Galinho” Zico como exemplo.

Durante o papo, Renato Gaúcho fez questão de mostrar gratidão pelo papel de Zico em sua carreira e deixou nas entrelinhas que o ídolo do Flamengo e do futebol brasileiro é menos valorizado do que o devido.

“Sim, sim. Olha, o Zico. Ou alguém vai discutir a qualidade do Zico? Pô, o cara era um gênio. Pegou uma geração top, aquela de 1982, por exemplo. Só Deus sabe como eles não ganharam aquela Copa do Mundo. Infelizmente, o Zico jogou muita bola, mas não teve a sorte de ter sido campeão”, iniciou o treinador do Grêmio.

“Até porque, se não me engano em duas Copas, estava com joelho já meio baleado. E eu vi o quanto ele sofria, porque joguei com ele no Flamengo em 1987. Eu via o que ele sofria por causa daquele joelho dele. Aquela geração de 1982 merecia ter sido campeã. Acho que foi a melhor seleção de todos os tempos que eu vi jogar. Lógico que fica na história quem ganha, quem venceu, mas aquela lá, pelo amor de Deus…”, complementou Renato Gaúcho, parceiro de Zico em tempos de Fla.

Renato Gaúcho também alfinetou CBF na entrevista

Quando perguntado se foi procurado para assumir a seleção brasileira antes da CBF fechar com Dorival Júnior para o ciclo da Copa do Mundo, Renato Gaúcho negou, e foi mais além ao destacar que, se convidado, declinaria da ideia, alegando que a entidade está uma bagunça, e ele não compactua com alguns posicionamentos e do cenário atual protagonizado pela confederação.

“Nessa bagunça eu não vou entrar não. A seleção brasileira é meu sonho, mas a CBF tem que tomar vergonha na cara. A verdade é essa. Nessa bagunça, eu estou fora. Graças a Deus ninguém me chamou. Eu não iria. Do jeito que está a situação na CBF, independente de quem quer que seja o presidente da CBF, mas ela tem que tomar vergonha na cara. Para o bem do futebol brasileiro”, disparou Portaluppi.

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