A chegada de Diego Costa ao Grêmio não foi apenas uma “oportunidade de mercado” como alguns colegas de imprensa gostam de falar. O escrete comandado por Renato Gaúcho sente mesmo a ausência de um atacante de confiança desde a saída de Luisito Suárez no final da temporada.
No entanto, é preciso lembrar que Diego Costa não está na mesma prateleira de “El Pistolero”. Encontrar um atacante com a bagagem, qualidade e faro de gol do craque uruguaio é tarefa quase impossível. Só que esse um dos principais motivos pelos quais a diretoria do Grêmio apostou na contratação do hispano-brasileiro. Além de estar livre no mercado, o experiente atacante de 35 anos era a aposta mais fácil e mais acessível dentre todas as apresentadas nessa janela de transferências.
Mais do que isso. A parceria entre Grêmio e Diego Costa tem tudo para ser ótima para ambas as partes. Enquanto o Tricolor Gaúcho sofre para encontrar uma referência ofensiva, o jogador ganha mais uma oportunidade para provar seu valor depois da passagem apagada pelo Botafogo.
O estilo de Diego Costa e o encaixe no Grêmio de Renato Gaúcho
Quem acompanha a carreira de Diego Costa sabe que ele é um atacante que gosta de explorar os espaços que aparecem na última linha. É o jogador do arranque no terço final e esse estilo ficou mais evidente com o passar dos anos. Teve seu melhor momento no Botafogo (seu último clube) sendo a referência do time então comandado pelo português Bruno Lage. O entendimento com Victor Sá e Eduardo chamou a atenção durante a ausência de Tiquinho Soares.
Apesar dos números mais modestos pelo Glorioso (marcou apenas três vezes em quinze partidas), foi importante atuando como a referência ofensiva de uma equipe que ainda liderava com folga o Campeonato Brasileiro. Além de saber explorar espaços, também sabe abrir caminhos para os companheiros de equipe e atuar como pivô na ultrapassagem dos pontas e meio-campistas. Infelizmente, acabou caindo de produção junto com todo o time do Botafogo.
É claro que os 35 anos de idade , as lesões e as condições físicas também cobram seu preço para o jogador que voltou ao Brasil como reforço de peso no Atlético-MG campeão brasileiro e da Copa do Brasil em 2021. Além disso, os números mais modestos no Wolverhampton e no Botafogo nessas duas últimas temporadas pesam contra Diego Costa nessa sua chegada ao Grêmio. No entanto, conforme mencionado anteriormente, a parceria pode se benéfica para todos.
Não é novidade pra ninguém que Renato Gaúcho vem sofrendo para encontrar um atacante com confiança suficiente para sua equipe. JP Galvão, André Henrique, Everton Galdino, todos parecem sentir o peso de ser “o cara que vai substituir Suárez”. Isso ficou ainda mais claro no empate contra o São Luiz neste sábado (10), em Porto Alegre. A falta desse jogador fica ainda mais clara depois do acerto com Diego Costa na última quinta-feira (8).
Mesmo na liderança do Campeonato Gaúcho, as atuações do Grêmio têm gerado críticas dos torcedores e da imprensa. Este que escreve lembra que não é todo dia que se encontra o substituto de um jogador do nível de um Luisito Suárez. Tarefa praticamente impossível, diga-se de passagem. Por outro lado, Diego Costa pode ser o cara certo na hora certa. Ainda mais quando se sabe que ele também deseja provar seu valor. E o contexto parece mais do que favorável no Grêmio.
Diego Costa vai resolver todo os problemas do Grêmio?
A resposta é simples: não vai. Mas a experiência de Diego Costa e o desejo de se provar no futebol brasieliro pode ser muito útil num Grêmio que ainda tenta encontrar uma referência desde a saída de Suárez. Apesar de não estarem na mesma prateleira, o hispano-brasileiro pode ser muito útil na equipe comandada por Renato Gaúcho. E não se esqueçam de que o treinador do Grêmio sabe muito bem como potencializar o talento dos jogadores que tem à disosição.
É por isso que essa parceria pode ser benéfica para todos os envolvidos. Diego Costa pode se trasnformar na referência técnica que o Tricolor Gaúcho tanto busca nesse início de temporada. Experiência e qualidade não faltam no novo reforço gremista. Resta saber se toda a expectativa será atendida assim que ele entrar em campo com a camisa azul, preta e branca.