Flaco López marcou o gol da vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o São Bernardo, pelo Paulistão. Entretanto, o que mais chamou a atenção e deixou o torcedor alviverde esperançoso foi a atuação do jovem Estevão, meia-atacante de apenas 16 anos que viveu sua primeira grande experiência ao dar a assistência para o centroavante argentino. Impressionado com o jovem, Neto acredita que o mesmo rapidamente será negociado com o exterior.
“Vai embora rapidinho”, projetou o titular do Os Donos da Bola.
De fato, mesmo com a pouca idade o garoto se destaca sobre os demais. Chamado de Messinho nas categorias de base, Estevão foi alçado ao elenco principal nesta temporada e tende a ter um caminho muito parecido ao de Endrick, que na metade do ano se apresentará ao Real Madrid.
Na entrevista coletiva, Abel Ferreira fez questão de frear qualquer empolgação da torcida e, principalmente da imprensa. A tendência é que o treinador português tenha a mesma postura adotada com Endrick, isso porque as oscilações são normais, sobretudo no futebol brasileiro onde a competitividade é grande.
“Eles [jogadores mais jovens] vão jogar, e vão jogar mal, mas se calhar já vão dizer amanhã que o Estevão — não é Messinho, já disse que não é Messinho, é Estevão — é o melhor do mundo. Mas depois se ele não fizer um jogo bom… Paciência. É preciso de paciência. Ele tem um potencial imenso, temos que ter cuidado com ele”, alertou Abel.
Com Endrick, Abel chegou a ser muito criticado pelas poucas oportunidades na equipe de cima. O técnico, porém, suportou a pressão externa e foi colocando o garoto aos poucos na equipe de cima, até ganhar uma sequência e estourar.
Citado por Neto, Estevão seguirá planejamento de Abel com jovens da base
Destaque do Palmeiras nas categorias de base, Estevão passará pelo mesmo processo que Endrick e terá acompanhamento dos profissionais do clube para saber lidar com a nova fase na carreira. Abel utilizará o garoto aos poucos até ir se ambientando ao profissional.
“Já são quantos com 16 ou 17 anos [no Palmeiras]?! Parece fácil… É preciso paciência, é um miúdo que tem potencial tremendo. Temos que ter cuidado. Tudo o que está a volta cria uma pressão. Eu admiro muito o jogador jovem brasileiro”, disse Abel.
“Quando eu sei que a família está esperando ser sustentada por aquilo que o jogador fizer. Eu penso ‘se minha filha não tirar 10 na escola, eu não tenho comida para comer’. Não sei qual é a pressão de um miúdo de 16 ou 17 anos que tem a família toda dizendo para jogar bem. Eu tento tirar essa pressão deles”, completou.