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Ronaldo, proprietário da SAF do Cruzeiro (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
Antes da temporada engatar de vez em jogos decisivos, Mauro Cezar Pereira emitiu um alerta sobre as finanças dos clubes. Recentemente, os componentes da Liga Forte Futebol e Grupo União venderam 20% de seus direitos comerciais pelos próximos 50 anos, algo que resultou em um acordo de R$ 2,6 bilhões. Neste cenário, já houve um adiantamento de parte da receita astronômica.
“A partir de 2025, os investidores terão direito a 20% dos direitos das vendas de transmissões dos jogos. Ou seja, os investidores adiantaram uma grana e eles têm 20% daquilo que foi arrecadado com vendas de direitos de transmissão por 50 anos. Alguns clubes pegaram dinheiro adiantado com o banco”, iniciou Mauro Cezar, em live no YouTube.
Mesmo que apenas uma parte dos direitos comerciais tenham sido vendidos, Mauro Cezar enxerga um risco gigantesco. Isso porque equipes como Vasco, Botafogo e Cruzeiro, que aderiram ao modelo SAF, comprometeram parte das receitas para abastecer os cofres imediatamente, mas a decisão pode acabar gerando dor de cabeça no futuro.
“Foram R$ 900 milhões que serão distribuídos imediatamente para os clubes da Série A (de 2023) que fazem parte desses dois blocos. São eles: Internacional, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Athletico, Botafogo, Coritiba, Goiás, Fortaleza, América-MG e Cuiabá. Matéria do GE, de novembro.”
“Pegaram antecipação: Botafogo, Ceará, Coritiba, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza e Vasco. O Fluminense pegou R$ 43 milhões adiantados. É complicado. Muita receita comprometida. A coisa vai ficando mais difícil”, completou.
Mauro Cezar cita risco dos clubes com reforços
Por fim, Mauro Cezar sinalizou que um movimento perigoso está sendo feito. Como parte dos clubes estão utilizando o dinheiro antecipado em reforços no mercado da bola, o jornalista lembrou que não existe garantia de retorno financeiro em campo com títulos e outras premiações.
“Alguns times pegaram metade… o Fluminense acho que pegou metade dos R$ 100 milhões antecipados. Vai faltar grana. Tudo que for vendido de direitos de transmissão dos clubes que aceitaram esse acordo, o que era 100% virou 80%.”
“Se eles já torraram esse dinheiro, vai faltar dinheiro. Se descapitalizou. É uma escolha perigosa. Alguns clubes estão gastando muito em contratações, tentando montar times fortes, e apostando que isso vai trazer retorno técnico e financeiro. Se não funcionar, a coisa vai se complicar.”, concluiu.
