Um dos jogos mais marcantes da história do futebol foi o histórico 7 a 1, sofrido pela seleção brasileira na semifinal da Copa do Mundo de 2014, para a Alemanha. O jogo é lembrado até hoje e certamente será lembrado por muitos anos.
E um jogador que foi titular naquele jogo, atualmente joga no Brasil. O volante Luiz Gustavo, que atuava na Alemanha, no Wolfsburg, hoje joga no São Paulo.
Então, o volante do SPFC esteve no “Bola da Vez”, da ESPN. No programa, que vai ao ar hoje (24), às 22h, Luiz Gustavo falou sobre o histórico 7 a 1.
Primeiro, o volante contou que o clima da seleção era confiança e tranquilidade antes da partida. Luiz Gustavo conta, então, que a coisa desandou depois que saiu o segundo gol. Mas, nos primeiros 15 minutos, o jogador do SPFC entende que o Brasil não estava mal. Vale destacar que o primeiro gol da Alemanha saiu aos 11 minutos e o segundo, aos 23.
“Eu fui bem, bem confiante, feliz de tudo que estava vivendo no Brasil, com a torcida e tudo mais. Foi muito tranquilo, sabe? E no jogo também estava tranquilo.”
“A questão foi, eu acredito que, como eu disse ali, eu acho que o que ficou nítido ali naquela situação foram os primeiros 15 minutos que eu acho que todo mundo estava ainda lúcido. E aí depois aconteceu o primeiro gol, o segundo gol, e aí acho que já não tinha mais controle”, disse o volante, que completou:
“Estava naquela coisa: apanhei, vou reagir, apanhei, vou reagir. Tentando reagir de formas individuais que não era o ideal. Então, podemos dizer assim, foi um conjunto de coisas que levou àquela situação. Mas, em geral, eu consegui resolver a minha situação com isso entendendo que eu tinha que ter passado por aquilo”, avaliou.
Lado psicológico para seguir a carreira
Ainda ao “Bola da Vez”, Luiz Gustavo contou como foi o pós-goleada. Principalmente no lado psicológico para aguentar as críticas.
Primeiro, o jogador do SPFC falou que se afastou das redes sociais.
“Todo mundo sentiu de uma forma, sabe? Eu tentei gastar toda a energia. Então eu tirei as minhas redes sociais. Mesmo quando a gente ganhou a Copa das Confederações eu não gostava. Já era um processo meu que eu me sentia melhor. Então, para mim, foi só uma coisa natural”, contou.
Em seguida, Luiz Gustavo disse que não precisou de psicóloga, mas focou em outras coisas que faziam bem para ele.
“A gente estava num ponto que você fica desgostoso do futebol. Você perde energia, perde motivação, perde força. Então, tentei focar em se alimentar melhor, dormir melhor, treinar, focar realmente em coisas que fossem me levar a voltar a sentir aquela confiança e que o futebol ainda tinha um porque continuar”.
“Então, no meu caso, eu não precisei (de psicóloga), mas sempre, como disse, vendo, lendo e buscando coisas que me faziam bem, sabe? De passo a passo. E continuo fazendo até hoje. Continuo sempre focando no que realmente eu preciso para estar bem”, disse.
Serviu de aprendizado para Luiz Gustavo
Por fim, o volante contou que conseguiu tirar aprendizados dessa derrota, fazendo com que ele evoluísse na carreira.
“Então foi um aprendizado. Como eu disse, eu acredito que eu tinha que passar por aquilo para evoluir outros pontos pessoais e profissionais. Então consegui criar agora situações que eu consigo potencializar a minha vida de uma forma mais eficaz, sabe? Gastando energia no que realmente eu preciso e no que eu quero”.
“Eu tento focar muito naquela situação: aquilo aconteceu. Tinha dois caminhos: ou eu ia totalmente pra baixo ou tentava sobreviver, eu digo assim, continuar. E eu botei todas as minhas energias em continuar”, finalizou.