Experiente narrador disse que não aceita sua demissão da Record após somente dois jogos no Paulistão 2024
A Record demitiu nos últimos dias o narrador Oliveira Andrade após somente dois jogos do Paulistão 2024. A decisão teria sido tomada por conta de críticas feitas nas redes sociais pelo estilo de narração do profissional, que tem mais de 40 anos de carreira e passagens por diversas emissoras.
Em entrevista ao Estadão, Oliveira disse que não pode aceitar sua demissão, mesmo que a Record tenha o direito de fazer o que bem entender. Segundo ele, a emissora paulista, o “colocou no céu” e depois “o levou para o inferno”.
“Eles têm o direito de contratar ou demitir quem bem entendem, mas não posso aceitar. Me colocaram no céu e de repente me levaram ao inferno (…) Se foi norteada pelas críticas na internet, foi um erro”, apontou Oliveira Andrade ao Estadão.
Oliveira Andrade criticou “estilo atual” de narração”
Com uma voz grave e narração mais pausada, Oliveira Andrade tem um estilo distinto em relação a vários profissionais da atualidade. Ele disse que a “moda atual é gritaria” e que esse não é o que prefere fazer em suas narrações.
“Teriam tido muitas críticas a mim lá. Mesmo se me pedissem para mudar meu estilo de narração, depois de 40 anos de profissão, não mudaria (…) A moda atual na narração é ‘gritaria’. Sem citar nomes, mas há aqueles que vibram até com o arremesso de lateral. Não é o meu estilo.”
Ainda ao Estadão, Oliveira Andrade disse que segue aberto a propostas para trabalhar após ser desligado da Record.
O narrador trabalhou em diversas emissoras. tendo narrado a Copa do Mundo de 1982 pela TV Globo, por exemplo. Também chegou a comandar a Fórmula 1 na emissora ao lado de Galvão Bueno. Passou pela Record entre 2007 e 2009 e chegou a narrar Liga dos Campeões. Também passou pela Band, onde narrou a Copa do Mundo 2014, além de ter narrado Eurocopa e Olimpíadas. Em 2020 passou pela Conmebol TV para narrar jogos da Libertadores e da Sul-Americana.