O treinador Hélio dos Anjos desabafou, mais uma vez, sobre as condições do gramado que o Paysandu foi obrigado a enfrentar para vencer o Caeté por 1 a 0, no estádio Diogão. Os dois times foram prejudicados, na visão do profissional.
“Uma dificuldade imensa. Por isso que o futebol brasileiro não vai pra frente porque você tira as condições dos dois times jogarem. Não estou falando só pelo Paysandu”, iniciou.
“O Caeté, do jogo passado pra esse jogo, melhorou muito e jogou em dois campos impraticáveis. Tenho que preservar a integridade dos meus jogadores”, acrescentou.
Hélio dos Anjos revelou que deixou fora alguns jogadores para evitar riscos de lesão. “É o caso do Edinho. Ele teve uma pequena escoriação de tornozelo. Como vou trazer? Que jogo teve?”, questionou
O treinador também elogiou a postura física e mental do Paysandu. “Isso também forma uma equipe: a persistência pra buscar o resultado sabendo que não dava pra jogar normal”, destacou.
“Não fomos brilhantes tecnicamente, mas tivemos uma coisa que pra mim é fundamental na vida: fomos persistentes”, reforçou.
Hélio dos Anjos não foi o único a desabafar. Além dele, o atacante Nícolas também ficou indignado.
Entenda a polêmica que envolve o Flamengo
Segundo uma nota oficial do Paysandu, os dois times pediram que o jogo fosse realizado no estádio Mangueirão, mas não foram atendidos pela administração pública.
Conforme o time bicolor, o argumento foi de que o gramado do palco esportivo deveria ser preservado para 31 de janeiro, dia em que o Flamengo encara o Sampaio Corrêa, pelo Campeonato Carioca.
O que incomodou o Papão foi o fato de o governo do Pará, supostamente, ter aceitado que o Tapajós x Remo fosse realizado no Mangueirão, no dia 28.
Em nota, a Secretaria Estadual de Esporte e Lazer do Pará (SEEL-PA) afirmou que não há eventos agendados no local até o jogo do Flamengo. Independente das versões, fato é que Hélio dos Anjos desabafou.
“A gente pensa para o melhor do futebol. Se eu estou no Pará, igual essa história de jogo do Flamengo, eu quero que o Flamengo se dane. Eu não sou flamenguista, não trabalho no Flamengo, já joguei no Flamengo”, disparou.
“Fiz a mesma coisa em Goiás. No dia que eu falei, que o futebol goiano teria que prevalecer, quase me mataram. É igual aqui. Quero o melhor para o futebol paraense”, concluiu.
A rivalidade entre Remo e Paysandu é uma das maiores do futebol brasileiro, mas nesse caso os clubes estão de acordo. Pelo menos os funcionários de cada agremiação.
Em janeiro deste ano, o executivo de futebol remista, Sergio Papelin, se manifestou contrariamente à realização de Sampaio Corrêa x Flamengo, em Belém.