Nicolas desabafa sobre gramado após vitória do Paysandu: “Condições desumanas”
Papão venceu o Caeté por 1 a 0, no estádio Diogão, em jogo marcado por polêmicas extra-campo. Gol foi do atacante
Papão venceu o Caeté por 1 a 0, no estádio Diogão, em jogo marcado por polêmicas extra-campo. Gol foi do atacante
Autor do gol que decidiu a vitória do Paysandu por 1 a 0 sobre o Caeté, o atacante Nicolas desabafou sobre o gramado do estádio Diogão. Em entrevista à TV Cultura, o jogador evitou falar de questões esportivas e concentrou as análises sobre as condições de trabalho que o futebol paraense, às vezes, oferece.
“Queria falar da incompetência dos profissionais que liberam um gramado como esse, da incompetência de quem cobra pra ceder. A comunidade de Bragança não merece um espetáculo desse”, iniciou.
O confronto teve várias lesões. Só no primeiro tempo foram três substituições, sendo duas do Caeté e do Paysandu.
“A sociedade paraense não merece ver um jogo de futebol, com um dos maiores clubes do Norte, jogando nessas condições desumanas, num horário como esse. É pura incompetência liberar um campo desse”, reforçou Nicolas.
O jogador alviceleste não é o primeiro a reclamar do palco esportivo. Após a vitória contra o Santa Rosa, o treinador Hélio dos Anjos também desabafou. As críticas sobre o Diogão ganharam mais força.
“Acredito que os atletas do Caeté e do Paysandu estão muito mais propícios a lesões graves. Se for um estádio público ou particular, as pessoas deveriam dar mais atenção e valorizar o mais futebol do Norte”, opinou Nicolas.
“O secretário de esporte do estado e da cidade não podem deixar nessas condições. É inadmissível, inviável jogar futebol”, finalizou.
A entrevista pode ser considerada bastante representativa. Não só pelas palavras, mas porque Nicolas criticou o governo do Pará concedendo entrevista no canal oficial do próprio governo do Pará. Nada mal para o “Rei do Norte”, hein?
Caeté x Paysandu: jogo é cercado por polêmica sobre Mangueirão
Segundo uma nota oficial do Paysandu, os dois times pediram que o confronto fosse realizado no estádio, mas foram negados pelo poder público.
De acordo com o clube alviceleste, o argumento foi de que o gramado do Mangueirão deveria ser preservado, uma vez que o Flamengo tem jogo marcado para o dia 31.
A polêmica gira em torno do governo paraense, supostamente, ter aceitado que Tapajós x Remo ocorresse no palco esportivo três dias antes (28 de janeiro), mas a Secretaria de Esporte e Lazer do Pará (SEEL-PA) negou que haja eventos agendados até lá.