Mauro Cezar detona diretoria do Corinthians por saída de Veríssimo
Comentarista esportivo analisou a negociação do zagueiro com o futebol árabe e culpou a gestão de Augusto Melo pelo erro
A renovação contratual de Lucas Veríssimo era considerada prioritária, assim que Augusto Melo assumiu a diretoria do Corinthians. No dia da posse, o mandatário informou os torcedores que o acordo estaria encaminhado. Entretanto, na véspera da estreia para o Paulistão, os representantes do jogador comunicaram a saída do atleta com destino ao Catar. Em participação no programa Posse de Bola, o comentarista Mauro Cezar comentou a situação.
Mauro Cezar critica o Corinthians por saída de Veríssimo
Há duas semanas, a diretoria do Timão encaminhou ao zagueiro um contrato por quatro anos para assinar. O clube havia negociado o pagamento de 8 milhões de euros, cerca de R$40 milhões com o Benfica para a permanência em definitivo de Veríssimo. O montante seria transferido de forma parcelada no decorrer das temporadas.
Entretanto, o jogador não assinou o vínculo e acabou optando por aceitar uma proposta do futebol árabe. Desta forma, o clube teve que aceitar a liberação, mesmo tendo vínculo com Veríssimo por empréstimo até 2024, pois não contava com cláusula protetiva ou de compensação em caso de saída antes do fim de contrato inicial entre o Corinthians e o Benfica.
Em participação no programa Posse da Bola do Portal UOL, o comentarista Mauro Cezar Pereira responsabilizou o Corinthians pela saída do zagueiro afirmando: “A grande falha é do Corinthians. Você não pode deixar uma chance dessa. O São Paulo também deixou a bola quicando, o Palmeiras pegou o Caio Paulista. Empresário apresenta a condição, mas a decisão é do atleta, eles que resolvem. Estamos falando de adultos. Agora, os clubes deixam brechas que são aproveitadas”.
Sobre a suposição de ser algum tipo de comportamento inadequado por parte do jogador, Mauro Cezar foi enfático e explicou os bastidores do mundo da bola: “Pessoal na Arábia Saudita não vai liberar o Cuellar simplesmente porque não é obrigado a liberar, tem contrato em vigor. Como os espanhóis do Betis não estão dispostos a liberar Luiz Henrique para o Flamengo, a não ser que se pague uma quantia significativa em dinheiro. Nesses contratos, os clubes estão protegidos. No caso específico desses dois atletas (Veríssimo e Caio Paulista), os clubes paulistas não estavam protegidos. Havia brecha para que eles saíssem, e saíram. Isso acontece desde sempre, vale lembrar que em 1989, o Vasco tirou o Bebeto do Flamengo”.