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Leila Pereira, presidente do Palmeiras - (Fabio Menotti_Palmeiras)
Leila Pereira promoveu uma entrevista coletiva, na terça-feira (16), com a presença de apenas jornalistas mulheres. Sobre o seu destaque no mundo do futebol e comentou sobre assuntos de gêneros. A mandatária explicou o motivo pelo qual não teria homens nesse momento de conversa com a presidente do Palmeiras.
Leila Pereira comentou importância de mulheres nos cargos
Na entrevista coletiva desta terça-feira (16), a presidente do Palmeiras abriu o evento explicando o motivo pelo qual não convocou entrevistadores homens desta vez. Em uma conversa com a imprensa que teve várias abordagens sobre a presença feminina nos espaços afirmou:
– É um prazer estar com vocês em um dia que posso dizer, sem sombra de dúvidas para nós mulheres é histórico. Não conheço em nenhum caso, no mundo, uma entrevista coletiva termos convidadas somente mulheres. E quando nós tivemos a ideia, nós divulgamos e por incrível que pareça, vi muitas nem críticas, mas perguntas de homens, do porquê só mulheres. Digo aos homens: não sejam histéricos, não falam isto da gente quando reclamamos que precisamos ser ouvidas? Não somos histéricas.
Questionada sobre como é ser a única presidente de um clube no Brasil e ser a única na história do Palmeiras, Leila Pereira se mostrou sincera. Inicialmente afirmando que, de certa forma existia um sentimento de revolta, mas ao mesmo tempo foi esperançosa sobre os espaços que devem ser ocupados por mulheres afirmando:
– Eu me sinto extremamente solitária, então temos de dar um basta nisso. Um basta. Não pode ser normal. Ter uma mulher só na frente de um grande clube na América do Sul. Isto não é normal. Por que acontece? Porque sofremos diversas restrições que nos impedem de chegar aonde podemos chegar. Muitas pessoas esperando uma notícia bombástica, o que para mim é extremamente relevante é que a sociedade nos enxergue como pessoas que querem ocupar os lugares que temos capacidade para tanto.
Finalmente, na despedida da entrevista coletiva, Leila Pereira fez um apelo para os veículos de imprensa mandarem mais jornalistas mulheres para a cobertura. E destacou que, foi “apenas um dia onde os homens se sentiram por 2 horas como nós nos sentimos a vida inteira”.
