O Flamengo encontra dificuldades, mas está tentando destravar algumas negociações no mercado. Depois de efetivar a contratação de De La Cruz, o Rubro-Negro tem pressa para concretizar, por exemplo, uma situação que envolve do Red Bull Bragantino. Trata-se de Léo Ortiz, zagueiro que até solicitou ao Massa Bruta a venda junto aos cariocas. Na Rádio Jovem Pan, Flávio Prado apontou a principal barreira nas tratativas.
Diferentemente da maioria dos clubes no Brasil, o Bragantino não tem urgência em negociar seus atletas por ter suas finanças em dia. Desta forma, a saída de Léo Ortiz se torna ainda maior, a não ser que o Flamengo melhore consideravelmente sua proposta.
Apesar disso, Flávio Prado acredita que uma hora ou outra a transferência deverá acontecer. O Flamengo conta com o desejo do jogador, além da projeção de carreira. Em contrapartida, o Massa Bruta oferece um aumento salarial e outras garantias para seduzir o atleta a renovar o contrato.
“É uma negociação que eu acredito que vai sair, mas vai ser pelo preço que o Bragantino entende ser correto e provavelmente em cima até do contrato que o jogador tem. Acho que não vai cobrar a multa total, mas também não vai entregar de graça. ‘Eu não preciso que você saia, você é últil pra mim, mas é claro que você tem o direito de sair, só que você vai me pagar o que considero justo’. Por isso é mais difícil, você está negociando com um clube que tem dinheiro”, disse o jornalista.
“É uma questão de negociar com quem não precisa de dinheiro. Não é inegociável, mas vai sair pelo preço que o Bragantino entende ser justo”, completou Flávio Prado.
Flávio Prado detalha aspecto importante no modelo de negócios do Bragantino
No Brasil, Bragantino é uma extenção da marca Red Bull, o qual é se tornou dona das ações do clube e de outros espalhados pelo mundo. Flávio Prado conta que os dirigentes do Massa Bruta precisam justificar a matriz toda decisão tomada, seja para compra ou venda.
“Existe uma planilha de trabalho que você precisa justificar tudo. O Léo Ortiz é o capitão do time, deve ter o melhor salário ou dos melhores, ele faz parte deste marketing e não é escolhido aleatoriamente. Aí o cara sai, você tem que explicar. Eles irão chamar o Diego Cerri [CEO do Bragantino]: ‘Vem cá, por que você vendeu o cara? O que aconteceu?’ Ele vai ter que convencer os donos do motivo deste negócio. Ele não pode decidir sozinho, vai ter que consultar a matriz. Então, vai ter que ser um negócio muito bom. É ter que se explicar. É uma norma da empresa”, diz Flávio.